A primeira-ministra australiana, Julian Gillard, anunciou nesta quarta-feira que 123 imigrantes ilegais foram resgatados do barco que afundou nesta quarta-feira no Oceano Índico a caminho da Austrália.
Em discurso diante do Parlamento de Canberra, a premiê indicou que tinha motivos para crer que havia ente 123 e 133 pessoas a bordo da embarcação. As agências internacionais noticiaram anteriormente que o barco levava 150 imigrantes ilegais.
"O número impreciso de ocupantes do barco não permite dizer se há algum desaparecido", acrescentou Gillard.
A primeira-ministra indicou que chegaram aviões e uma embarcação da Marinha à zona do acidente para unir-se aos trabalhos de resgate iniciados por dois navios mercantes.
A área do naufrágio fica a 200 quilômetros ao norte da ilha australiana de Christmas e a 185 quilômetros ao sul da ilha de Java, a principal da Indonésia. O barco virou em uma zona de busca e resgate da Indonésia, mas forma as autoridades australianas que acionaram o alarme, informou a porta-voz Jo Meehan da Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA, na sigla em inglês).
O acidente desta quarta-feira é o segundo em menos de uma semana, depois que pelo menos 14 pessoas morreram e outras 44 desapareceram após o naufrágio, na quinta-feira passada, de um navio com 200 imigrantes ilegais nas proximidades das ilhas Molucas, na Indonésia.
Em dezembro de 2010, uma embarcação com imigrantes do Irã e do Iraque bateu contra rochas e matou 50 pessoas na costa da Ilha Christmas.
Os imigrantes, geralmente curdos, afegãos, iranianos e iraquianos, saem da Indonésia em barcos superlotados e em mau estado para tentar chegar à Austrália.