O austríaco Joseph Fritzl, que aprisionou a filha em uma cela durante 24 anos e teve sete filhos com ela, irá a julgamento no dia 16 de março acusado, dentre outras coisas, de homicídio, informou um tribunal da Áustria nesta quinta-feira.
O julgamento, que durará uma semana, terá boa parte fechada ao público e à mídia, para proteger as vítimas, informou Franz Cutka, porta-voz da corte regional de St. Poelten, a oeste da capital, Viena.
Fritzl, 73, foi acusado pelos promotores do assassinato de um dos filhos que teve com sua filha. O bebê morreu pouco depois de nascer. Ele também é acusado de estupro, escravidão, incesto, coerção e privação da liberdade.
O advogado dele, Rudolf Mayer, disse no ano passado que Fritzl não vai apelar contra as acusações.
Fritzl é mantido preso desde que o caso veio à tona, em abril do ano passado. Ele mantinha a filha, Elisabeth, presa no porão de sua casa, no centro da cidade de Amstetten.
Um relatório psiquiátrico exigido por autoridades de justiça no ano passado atestou que Fritzl não tem problemas mentais que o impeçam de ser julgado. Caso seja condenado por homicídio, ele pegará prisão perpétua.