Uma onda de autoimolação de monges tibetanos budistas em um monastério no sudoeste da China é uma forma de extremismo que degrada a religião, disse nesta segunda-feira (17) o monge de uma organização apoiada pelo governo chinês, segundo a mídia estatal. Oito jovens em áreas de etnia tibetana na província de Sichuan atearam fogo ao próprio corpo desde março, em protesto contra controles religiosos de Pequim, que tacha o líder espiritual deles, o Dalai Lama, de um violento separatista. "A recente onda de tentativas de autoimolação de monges provocou o espanto e a repulsa do público, fazendo com que ele gradualmente perca a fé", disse Gyalton, vice-presidente da Associação Budista Provincial de Sichuan. "O budismo tibetano destaca a benevolência e o cuidado, e é um sistema completo de fé e valores sublimes como resultado de sua oposição à superstição cega", disse o monge, que é chamado de Buda Vivo.
Gyalton disse que o suicídio por qualquer razão vai contra a natureza humana e é um desvio dos preceitos do budismo. Na semana passada, a China criticou o Dalai Lama por não denunciar a onda de autoimolações, descrevendo sua postura como uma violação dos princípios budistas. O último homem a atear fogo ao próprio corpo no sábado era um monge de 19 anos do monastério Kirti na província de Sichuan, disse um ativista tibetano exilado e o grupo Free Tibet, com sede em Londres.
A polícia extinguiu as chamas e bateu no homem, disse o ativista, acrescentando que ele não morreu durante o protesto, mas que seu paradeiro era ignorado.
Em agosto a China prendeu três monges pelo envolvimento na autoimolação, em março, de outro monge chamado Phuntsog, o que provocou uma represália e a prisão por um mês de cerca de 300 monges tibetanos. A China controla o Tibete desde que tropas comunistas entraram na região em 1950. O país alega que seu governo levou desenvolvimento necessário à região pobre e atrasada.
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