Ouça este conteúdo
Robert Crimo, o homem de 21 anos que foi acusado de matar sete pessoas e ferir mais de 30 em um desfile do Dia da Independência na última segunda-feira (4) em Highland Park, no estado americano de Illinois, confessou ser o autor dos disparos, informou a promotoria local nesta quarta-feira (6).
Crimo compareceu à primeira audiência judicial sobre o caso e teve negado o pedido de soltura mediante pagamento de fiança. Na terça-feira (5), o procurador do condado de Lake, Eric Rinehart, informou que o atirador recebeu sete acusações de assassinato em primeiro grau e que outras acusações devem ser apresentadas no futuro.
Rinehart disse que se Crimo for condenado, pegará sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
O sargento Chris Covelli, porta-voz do escritório do xerife do condado de Lake, disse que Crimo havia chamado a atenção da polícia duas vezes anteriormente: em abril de 2019, uma ligação para o telefone de emergência apontou que ele havia tentado suicídio, e em setembro do mesmo ano policiais estiveram na casa da sua família porque Crimo teria ameaçado “matar todo mundo”.
Nesse segundo incidente, segundo informações da agência Reuters, os policiais apreenderam uma coleção com 16 facas, um punhal e uma espada que Crimo mantinha em casa. Entretanto, ele não foi preso.
As autoridades locais também informaram nesta quarta-feira que Crimo, cujas motivações para o tiroteio em Highland Park ainda não foram esclarecidas, cogitou realizar outro ataque na cidade de Madison, no estado vizinho de Wisconsin.
O atirador, que agiu em Highland Park disfarçado de mulher para escapar em meio à multidão, dirigiu pela região e viu outra celebração pelo 4 de julho em Madison.
Ele cogitou iniciar outro tiroteio, mas decidiu não fazê-lo porque não teria “se planejado o suficiente” – o ataque em Highland Park teve seus detalhes definidos por Crimo durante semanas, de acordo com as autoridades. Ele foi preso logo depois em Illinois, ao tentar fugir de um bloqueio da polícia de trânsito.