Com fotos das vítimas, grupo protesta em Paris após ataque em centro cultural curdo que terminou com a morte de três pessoas| Foto: Teresa Suarez/EFE/EPA
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O autor do ataque que matou três curdos nesta sexta-feira (23) no centro de Paris, na França, confessou que a intenção era matar pessoas dessa origem, segundo apontam fontes ligadas à investigação.

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As informações foram divulgadas durante a prisão do homem, que teria dito que a motivação do crime era "racista", conforme detalham as fontes, citadas pela imprensa francesa.

De acordo com a emissora de televisão "BFMTV", no momento da detenção, em uma barbearia que fica próxima ao centro cultural curdo onde aconteceu o ataque, o homem perguntou aos policiais quantas pessoas havia matado.

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Os investigadores não determinaram até se a ação teve caráter terrorista, algo que está sendo solicitado por representantes das associações curdas na França.

O Ministério Público do país europeu acusa o indivíduo pelos crimes de assassinato, tentativa de assassinato, violência e infração contra a lei de posse de armas, enquanto a Procuradoria Antiterrorista acompanha o caso para determinar se fará acusações.

Representantes da comunidade curda foram recebidos pelo chefe da polícia de Paris, Laurent Nuñez. A porta-voz da autoridade afirmou, após a reunião, que a possibilidade de terrorismo "deve ser levada em conta".

"Para nós, não há nenhuma dúvida do caráter político e terrorista desses assassinatos. Pedimos que a qualificação dos mesmos seja revisada", admitiu Agit Polat.

Na sexta, manifestantes lançaram objetivos contra agentes de segurança pública e vandalizaram o mobiliário urbano na região próxima onde aconteceu o ataque.

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Neste sábado (24), ocorre protesto na Place de la République, onde a população curda denuncia as ameaças que vêm sofrendo.

Com bandeiras do Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK) e outras com o rosto do líder da legenda, Abdullah Öcalan, centenas de manifestantes foram às ruas.

O ataque aconteceu na sexta-feira, poucos dias antes do aniversário do assassinato à sangue frio de três militantes curdos em outro centro turco localizado no mesmo distrito de Paris, a poucos metros do recente local do crime.

A comunidade curda na França considera que o país não fez o suficiente para elucidar o envolvimento da Turquia no crime anterior, enquanto suspeitam do envolvimento de Ancara no ataque de ontem.