O norueguês Anders Behring Breivik, autor dos ataques que mataram 77 pessoas no dia 22 de julho na Noruega, poderá ser condenado a uma internação psiquiátrica perpétua, mas não à prisão, anunciou nesta terça-feira em Oslo a promotoria norueguesa, depois de receber um relatório psiquiátrico.

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"Se a conclusão final estabelecer que Behring Breivik era irresponsável, ao término do processo solicitaremos ao tribunal que receba um tratamento mental obrigatório", disse a promotora Inga Bejer Engh em uma entrevista coletiva, antes de explicar que o tratamento pode ser "perpétuo".

Os dois psiquiatras responsáveis por opinar sobre a responsabilidade penal de Behring Breivik, Synne Serheim e Torgeir Husby, concluíram que o autor do massacre era psicótico e, portanto, penalmente irresponsável, anunciou a promotoria.

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Behring Breivik desenvolveu uma "esquizofrenia paranóica" pela qual não pode ser considerado penalmente responsável por seus atos, afirmou o promotor Svein Holden, ao citar as conclusões do documento.

"Não temos nenhuma dúvida sobre nossas conclusões", afirmou Torgeir Husby ao chegar ao tribunal de Oslo.

Os dois psiquiatras redigiram o documento após 13 entrevistas com Behring Breivik na penitenciária de segurança máxima de Ila, perto de Oslo, onde ele está detido em caráter provisório.

"Foi um trabalho considerável, exigente, com um pano de fundo especial", disse Husby.

"Breivik cooperou bem", completou.

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Os ataques de 22 de julho, o maior massacre cometido na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial, deixaram o país em estado de choque.

No dia, Anders Behring Breivik detonou uma bomba perto da sede do governo em Oslo e, uma hora e meia depois, abriu fogo na ilha de Utoeya contra uma reunião de jovens socialistas.

O início do julgamento de Behring Breivik está previsto para 16 de abril de 2012 e deve durar 10 semanas.