Autoridades chinesas ordenaram que livros escritos por alguns autores fossem retirados de circulação no país, conforme informaram nesta terça-feira livrarias e editoras locais. A proibição, que tem sido relatada em redes sociais desde sábado, é resultado de um desconforto do governo com estudiosos que são favoráveis à democracia e anunciaram apoio aos protestos em Hong Kong, onde manifestantes reivindicam eleições diretas na região.
A restrição também é válida para lojas online. Entre os autores censurados está o economista de orientação liberal Mao Yushi, o professor de direito constitucional Zhang Qianfan, o escritor taiwanês Giddens Ko e o crítico Leung Mao-tao, este natural de Hong Kong.
Acredita-se que a ordem tenha sido emitida pela Administração do Estado de Imprensa, Publicações, Rádio, Cinema e Televisão, uma agência reguladora de mídia do governo. O órgão, porém, não confirma a informação.
Enquanto a proibição não é confirmada, o jornal estatal Global Times tentou explicar a medida por meio de um editorial publicado na segunda-feira, no qual diz que "alguns dos autores citados apoiam abertamente o movimento oposicionista de Hong Kong ou a independência de Taiwan. Eles estão promovendo a dissidência política".
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