O recente ataque em massa na Noruega pode facilmente servir como exemplo a outros militantes anti-muçulmanos, alertou uma das principais autoridades de segurança da Alemanha em entrevista a uma revista neste domingo.
Anders Behring Breivik matou 77 pessoas em ataques à bomba e a tiros na Noruega no dia 22 de julho, e deixou instruções detalhadas na internet sobre como ele havia planejado a matança sem atrair muita atenção policial.
"Isso pode servir como modelo para imitadores", afirmou Alexander Eisvogel, vice-presidente da agência alemã anti-terrorismo, a Agência Federal para a Proteção da Constituição, à revista Der Spiegel.
"Do ponto de vista de um terrorista, ele considerou meticulosa e cuidadosamente como evitar chamar a atenção de serviços de segurança. Isso...é uma grande preocupação para nós no momento", afirmou Eisvogel.
Separadamente, o líder do principal partido de oposição alemão, o social-democrata Sigmar Gabriel, exortou os serviços de segurança da Alemanha e os provedores de Internet a adotar medidas mais duras contra extremistas de direita na web.
"Se alguém dissesse nas ruas da Alemanha...que gostaria de perseguir outras pessoas ou mesmo cometer ataques, o público o denunciaria à polícia", afirmou Gabriel à rádio Deutschlandfunk.
"Na internet, é incrivelmente diferente. Lá, insultos e mesmo chamados a matanças em massa são tratados como um excêntrico subproduto da liberdade."
- Atirador norueguês divide opiniões da direita europeia
- Autor de atentados na Noruega cogitou outros alvos
- Uma semana depois, Noruega homenageia vítimas de massacre
- Radicalizados na Internet, combate a "lobos solitários" é difícil
- Sobe para 77 número de vítimas de ataques na Noruega
- Noruega realiza primeiro funeral para vítimas do massacre
- Polícia da Noruega conclui identificação de mortos em ataques
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião