O chefe da agência ambiental estatal chinesa pediu demissão nesta sexta-feira após duas semanas de crise devido ao derramamento de produto tóxico em um rio do nordeste da China, que forçou o corte do abastecimento de água para milhões de pessoas no país e deixou a Rússia em alerta.
Xie Zhenhua, chefe da Agência Estatal de Proteção Ambiental desde 1993, demitiu-se e foi substituído pelo ex-diretor de áreas florestais, Zhou Shengxian, informou a agência de notícias Xinhua, citando comunicado do gabinete federal.
A televisão estatal afirmou que Xie se demitiu devido à falha da administração em se dedicar à crise. O Conselho Estatal, ou gabinete, e o Partido Comunista aprovaram a mudança.A administração, "como principal órgão de proteção ambiental, não prestou atenção suficiente e falhou na avaliação sobre os possíveis resultados do incidente. Além disso, ela é responsável pelas perdas", disse a Televisão Central da China.A saída dele se segue a fortes críticas sobre como o governo tratou o vazamento, devido a uma explosão numa indústria de produtos químicos de Jilin, em 13 de novembro, que atirou cem toneladas de benzeno, uma substância cancerígena, no Rio Songhua.A Agência Estatal de Proteção ao Ambiente disse que, entre os dias 14 e 17 de novembro, não recebeu nenhum relatório das autoridades de Jilin sobre o acidente, afirmou o jornal "China Daily" nesta sexta-feira.Isso significou que a "melhor chance" de controlar o vazamento tinha ficado para trás, disse, segundo o diário, o vice-ministro Wang Yuqing, da agência.- A busca desenfreada pelo crescimento econômico e a falta de mecanismos de resposta a emergências fez com que a China experimentasse um grande número de desastres ambientais - disse Wang ao "China Daily".O acidente obrigou as autoridades de Harbin, uma cidade de nove milhões de habitantes localizada na Província de Heilongjiang, a interromper o fornecimento de água por cinco dias.A mancha de benzeno passou pela cidade e agora avança rumo fronteira com a Rússia.Na sexta-feira, a mancha atravessava a cidade de Dalianhe, onde o fornecimento de água havia sido interrompido um dia antes. Os 67 mil moradores do local recorreram a cidades vizinhas para obter água.Na cidade de Jiamusi, as autoridades fecharam uma grande usina de processamento de água que atende 2,4 milhões de pessoas a fim de evitar a contaminação dos lençóis freáticos e dos poços cartesianos.As baixas temperaturas estão congelando o Songhua, diminuindo a velocidade de escoamento da mancha de benzeno, disseram autoridades.Até o fim de novembro, 36 grandes acidentes ambientais foram registrados na China, disse Wang, sem dar maiores detalhes. Segundo o vice-ministro, pode ter havido outros acidentes que foram encobertos.
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