O secretário-geral Ban Ki-moon vai enviar seu principal assessor político à Coréia do Norte no próximo mês para discutir diversos temas com o Estado comunista recluso, segundo anunciou a Organização das Nações Unidas (ONU) no domingo.
Em um comunicado, a ONU disse que Lynn Pascoe, subsecretário-geral para assuntos políticos, vai visitar a Coréia do Norte entre 9 e 12 fevereiro para discutir "todos os assuntos de interesse mútuo de forma abrangente."
Pascoe, que viajará como enviado especial de Ban, é um ex-embaixador dos Estados Unidos na Indonésia e é o mais alto funcionário da organização a visitar a Coréia do Norte neste ano. Ele também vai visitar a China, Japão e Coréia do Sul, segundo o comunicado.
Esses três países, além dos Estados Unidos, Rússia e da própria Coréia do Norte formam um grupo de seis países que negociam o fim do programa de armas nucleares de Pyongyang, em troca de ajuda para o estado empobrecido.
Pyongyang boicotou as negociações no ano passado. Em troca de sua retomada, ele quer negociar com os Estados Unidos um tratado de paz que substitua o armistício que suspendeu as hostilidades da Guerra da Coréia de 1950-53.
Washington diz que o tratado só é possível quando a Coréia do Norte abandonar suas ambições na área nuclear. Forças da ONU lideradas pelos EUA assinaram o armistício ao final da Guerra da Coréia com a China e a Coréia do Norte. Um tratado de paz permitiria que a Coréia do Norte recorra a instituições financeiras internacionais para pedir ajuda.
A Coréia do Norte sofreu novas sanções da ONU no ano passado, que puniram o país pelo teste nuclear em maio de 2009, a sua segunda detonação atômica. As medidas mais amplas se destinam a eliminar a venda de armas pelo país, uma exportação vital que estima-se render ao país mais de 1 bilhão de dólares por ano.
Com o Irã e outros países do Oriente Médio como clientes, a venda de mísseis balísticos pela Coréia do Norte é uma de suas principais fontes de renda, segundo o governo dos Estados Unidos.
O último funcionário da ONU de alto escalão a visitar a Coréia do Norte foi o canadense Maurice Strong, em 2004, segundo a ONU. Strong foi o enviado especial para a Coréia do Norte do ex-secretário-geral Kofi Annan.
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