Morgan Tsvangirai, primeiro-ministro do Zimbábue e líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), afirmou, em coletiva de imprensa, que a eleição do presidente Robert Mugabes foi uma fraude| Foto: REUTERS/Siphiwe Sibeko

Um comissário eleitoral do Zimbábue renunciou, citando dúvidas sobre a integridade dos resultados que mostram uma grande vitória para o partido ZANU-PF do presidente Robert Mugabe.

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Mkhululi Nyathi disse que deixou a Comissão Eleitoral do Zimbábue de nove membros (ZEC) por conta da forma como o órgão gerenciou a eleição presidencial e parlamentar realizada na quarta-feira. Sua renúncia provavelmente vai esquentar as discussões sobre as eleições dentro e fora Zimbábue.

A votação, que deve estender o governo de 33 anos de Mugabe no país do Sul da África, transcorreu pacificamente e recebeu ampla aprovação de observadores africanos.

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Líder mais antigo da África, Mugabe, 89 anos, governa a ex-colônia britânica, então conhecido como Rodésia, desde a independência em 1980.

O principal rival de Mugabe, o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, denunciou a eleição de 31 de julho como uma "grande farsa", alegando fraude maciça pela ZANU-PF. O maior grupo de observadores nacionais do Zimbábue também disse que as eleições foram "seriamente comprometidas".

"Durante todo o processo retive alguma medida de esperança de que a integridade do processo pudesse ser recuperado ao longo do caminho, isso não era para ser", Nyathi disse em sua carta de demissão vista pela Reuters no sábado.

O Movimento para a Mudança Democrática (MDC) do candidato Tsvangirai disse na sexta-feira que poderia tomar as ruas para contestar a alegação da ZANU-PF de uma vitória esmagadora, feita menos de 24 horas depois de as urnas terem sido fechadas na quarta-feira.

A Comissão Eleitoral do Zimbábue tem até segunda-feira para divulgar os resultados oficiais da eleição presidencial.

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