Uma autoridade israelense de alto escalão indicou, neste sábado (15), que não haverá um ataque unilateral contra o Irã nas próximas semanas, dizendo que a pressão internacional manteve o polêmico programa nuclear de Teerã sob controle.
A especulação de que Israel poderia atacar as instalações atômicas iranianas sozinho, e em breve, aumentou dada uma disputa pública incomum com os Estados Unidos sobre quanto tempo permitir para que as negociações e sanções sigam seu curso antes de considerar uma ação militar.
Amos Gilad, o principal assessor do ministro da Defesa Ehud Barak, foi questionado em uma entrevista para a televisão sobre se os feriados judaicos, que começam no domingo (16) e terminam em 9 de outubro, seriam "tranquilos em termos de qualquer iniciativa tomada por Israel".
A pergunta foi feita depois de uma extensa discussão com Gilad sobre o programa nuclear do Irã, que o Ocidente suspeita que vise à produção de bombas, apesar das negativas de Teerã, e sobre a violenta revolta que varreu o mundo islâmico em resposta a um videoclipe norte-americano zombando do profeta Maomé.
"O que Israel vai ou não vai fazer - recomendo que isto permaneça atrás de portas fechadas", disse Gilad ao Canal 2 de televisão.
"Mas à medida que é possível prever os feriados, parece que serão tranquilos, se você excluir todos os tipos de eventos como algum maníaco ou crimes de ódio que incendiaram o mundo todo".
Gilad atenuou a rixa com Washington, dizendo que Israel e seus aliados estrangeiros concordavam que "a ameaça iraniana é uma ameaça central" e que a conscientização dessa cooperação tinha evitado que Teerã produzisse armas.
"Por enquanto, enquanto houver esta unanimidade, parece-me que mesmo os iranianos entendem isso e não estão cruzando a linha... de executar e construir uma bomba nuclear, não porque são piedosos conosco, não porque gostem de nós, mas porque eles temem uma reposta militar ou outra resposta", disse.
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