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As autoridades de Lhasa endurecerão o controle às pessoas de etnia tibetana para entrar no Tibete, onde as comunicações foram suspensas temporariamente após os recentes enfrentamentos entre forças policiais e manifestantes, que causaram vários mortos, informou nesta quinta-feira o jornal "South China Morning Post".

O secretário do Partido Comunista da China (PCC) no Tibete, Qi Zhala, ordenou que desde o dia 1º de março as pessoas de etnia tibetana procedentes de Sichuan (sudoeste), Qinghai (noroeste), Gansu (noroeste) e Yunnan (sudoeste) usem seu cartão de identidade para entrar na região.

Além disso, as comunicações, incluindo o uso internet e as ligações telefônicas ao exterior, foram temporariamente suspensas nas regiões onde aconteceram os choques na semana passada, nos quais morreram três pessoas, segundo fontes oficiais, e pelo menos onze, segundo várias ONGs.

Segundo o jornal, Qi Zhala advertiu aos funcionários locais que os controles são prioritários para manter a estabilidade no Tibete, porque segundo ele, separatistas "escolhidos pelo estrangeiro" entram pelas fronteiras para organizar sabotagens.

Os funcionários e policiais devem estar alerta da "complexa, árdua e dura" luta contra do "Grupo do Dalai Lama", acrescentou Qi, segundo o jornal.

Esta não é a primeira vez que é aplicado o controle aos tibetanos que querem entrar no Tibete, como após os protestos em Lhasa em 2008, quando organizações de direitos humanos denunciaram que os detidos sofreram torturas e maus tratos.

Os protestos da semana passada surgiram quando foram divulgados rumores sobre novas imolações de monges, depois que morreram 12 dos 17 monges tibetanos que atearam fogo contra o próprio corpo no último ano em protesto pela repressão que vive sua etnia.

As autoridades em Sichuan culpam os tibetanos separatistas de fomentar "o ódio entre os locais" como aconteceu, segundo as autoridades, em 2008.

Organizações de direitos humanos condenaram a repressão destes protestos, nos quais afirmam que 11 manifestantes morreram por disparos da Polícia contra protestos pacíficos.

No entanto, as autoridades chinesas dizem que são apenas três os mortos nos distúrbios, nos quais participaram centenas de cidadãos e monges de etnia tibetana, segundo o jornal "Global Times".

"As forças estrangeiras que promovem a independência do Tibete sempre inventaram rumores e distorceram a realidade para desacreditar o Governo chinês", disse o porta-voz da Chancelaria chinesa, Hong Lei.

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