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Autoridades confirmam o 1.º caso de ebola nos EUA

Botas usadas por trabalhadores da saúde secam em um centro da ONG Médicos sem Fronteiras, em Monróvia, na Libéria | Ahmed Jallanzo/Efe
Botas usadas por trabalhadores da saúde secam em um centro da ONG Médicos sem Fronteiras, em Monróvia, na Libéria (Foto: Ahmed Jallanzo/Efe)

Autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram ontem que foi diagnosticado no país o primeiro paciente infectado com o vírus ebola, em um sinal de como o surto que assola países da África Ocidental pode se espalhar globalmente.

O paciente tinha viajado recentemente para a Libéria e desenvolveu sintomas alguns dias depois de retornar ao Texas, disseram autoridades estaduais.

O paciente foi internado em um quarto isolado do Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) confirmou o diagnóstico.

O Departamento de Ser­­viços de Saúde do Estado do Texas disse que estava trabalhando com o CDC, o departamento de saúde local e o hospital "para investigar o caso e ajudar a prevenir a transmissão da doença".

"O hospital implementou medidas de controle de infecção para ajudar a garantir a segurança de pacientes e funcionários", disse o comunicado. Hospitais norte-americanos têm tratado vários pacientes que foram diagnosticados com ebola na África Ocidental, onde ocorre o pior surto já registrado do vírus, que já matou mais de 3 mil pessoas.

Diagnóstico

Pacientes norte-americanos que tinham contraído a doença anteriormente eram todos profissionais da área da saúde e de ajuda humanitária que foram diagnosticados ainda na África Ocidental. Os sintomas do ebola geralmente aparecem entre dois e 21 dias após a infecção, o que significa que há uma janela significativa durante a qual uma pessoa infectada pode escapar da detecção, permitindo que viaje.

O diretor do CDC, dr. Thomas Frieden, disse que os hospitais dos Estados Unidos estão bem preparados para lidar com pacientes com ebola e assegurou ao público que o vírus não deve representar para o território americano a mesma ameaça que é para a África Ocidental.

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