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Autoridades do Haiti prendem médico que teria mandado matar presidente

Policiais haitianos escoltam grupo de pessoas durante detenção de suspeitos do assassinato do presidente do Haiti Jovenel Moïse. (Foto: EFE/ Jean Marc Herve Abelard)

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As autoridades do Haiti anunciaram neste domingo a detenção do médico Emmanuel Sanon, um dos supostos autores intelectuais do assassinato do presidente Jovenel Moise.

"Quando o avanço dos bandidos foi bloqueado, a primeira pessoa que chamaram foi Emmanuel Sanon", declarou o diretor-geral da Polícia Nacional haitiana, Léon Charles.

A polícia também investiga outros dois supostos autores intelectuais do assassinato, que estiveram em contato com Sanon, mas não revelou suas identidades.

Além de tomar "medidas cautelares" contra os responsáveis pela segurança de Moise, a polícia coleta informações para determinar "o grau de envolvimento de cada um".

Segundo as investigações, Sanon entrou em contato com uma empresa venezuelana de segurança com base nos Estados Unidos para recrutar dois membros do comando que supostamente cometeu o assassinato.

Sanon chegou ao Haiti em um voo privado no início de junho, acompanhado de alguns mercenários colombianos, os quais contratou para garantir sua segurança pessoal e de seu negócio.

Posteriormente, "a missão mudou" e foi apresentada a um dos colombianos uma ordem de prisão contra o presidente da República: "A operação foi montada a partir daí", disse Charles.

Entre outros detalhes da investigação sobre Sanon, o representante da polícia disse que no domicílio do detido foi encontrado um quepe com a sigla "DEA".

Sanon é o terceiro haitiano a ser detido pelo caso, somando-se a outros 18 colombianos acusados de fazer parte do comando que supostamente invadiu a residência de Jovenel Moise na quarta-feira passada.

Outros cinco colombianos estão foragidos e três morreram em tiroteios com a polícia que ocorreram até a quinta-feira em diferentes pontos de Porto Príncipe.

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