História
Há 14 anos, Oklahoma foi vítima de fenômeno similar
Em 3 de março de 1999, 36 pessoas morreram em Oklahoma City após passagem de um tornado que destruiu casas e construções de diversos condados. O fenômeno ainda atingiu outras partes do estado e o Kansas, deixando um total de 76 mortos.
A governadora de Oklahoma, Mary Fallin, disse que o tornado de segunda-feira seguiu a mesma rota do outro, embora tenha atingido as cidades de Newcastle e Moore, as mais afetadas pela tormenta. "É difícil acreditar que uma coisa como essa possa acontecer de novo", disse ela em entrevista à rede de notícias CNN.
Segundo o Centro de Prevenção de Tempestades americano, o tornado de Oklahoma de 1999 foi responsável por gerar um dos maiores prejuízos da história dos Estados Unidos, com danos estimados em US$ 1 bilhão (R$ 2 bilhões). Ainda não há previsão sobre o custo do fenômeno de 2013.
Na história recente de tornados nos Estados Unidos, o mais mortífero foi o de Joplin, no Estado do Missouri, que deixou 151 mortos, 900 feridos e 44 desaparecidos em 22 de maio de 2011. O fenômeno destruiu uma região de dez quilômetros de extensão e um quilômetro de largura, deixando prejuízos de US$ 3 bilhões.
Folhapress
Autoridades do estado de Oklahoma revisaram o número de mortos após a passagem de um tornado reduzindo a estimativa inicial de até 91 mortos para 24 vítimas, incluindo sete crianças. Segundo peritos, corpos foram contados mais de uma vez no caos que seguiu à destruição. O tornado de categoria EF4 a segunda maior da escala de Fujita varreu cidades, especialmente Moore, deixando mais de 230 feridos. O site da emissora local Kfor informou ontem que o risco de novos tornados é pequeno, mas uma tempestade com granizo, raios e ventos se aproximava do município.
Inicialmente, autoridades anunciaram que 51 óbitos incluindo 20 crianças teriam sido confirmados e cerca de outros 40 corpos esperavam por identificação. No entanto, a porta-voz do Instituto Médico Legal de Oklahoma, Amy Elliot, admitiu que houve um erro na contagem e anunciou a revisão como uma boa notícia para a população local.
"Nós temos boas notícias. O número agora é de 24. Houve muito caos na contagem", assumiu.
Com quase dois quilômetros de diâmetro e com ventos de mais de 300 quilômetros por hora, o fenômeno foi descrito como mortal pelo Centro de Previsão de Tempestades da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês). Centenas de casas e edifícios foram destruídos e o número de mortos pode subir, já que a maioria dos feridos são crianças, algumas em estado crítico, segundo Amy.
A incomum ferocidade do tornado menos de 1% dos fenômenos atingem essa velocidade destruiu quilômetros de áreas residenciais. Rua após rua, Moore está em ruínas. Os escombros se acumulam onde havia casas. Centenas de carros e caminhões foram destruídos depois de terem voado pelos ares.
Testemunhas disseram que o tornado, que tocou terra às 14h56min (hora local) e durou cerca de 40 minutos, foi de efeito ainda mais trágico do que o do gigante que devastou a região em maio de 1999 e matou 44 pessoas. Os danos foram tantos que algumas pessoas não conseguiam localizar suas próprias casas. As emissoras locais mostraram partes de casas destruídas, carros revirados e empilhados e pelo menos um prédio em chamas. Uma mulher morreu com o bebê nos braços ao tentar abrigar-se dentro de um freezer.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou os tornados como um grande desastre. Ele ordenou ajuda federal para complementar os esforços de recuperação estaduais e municipais. A Casa Branca afirmou que a ajuda pode incluir subsídios para habitação temporária, reparos domésticos, perdas de propriedade sem seguro e outros esforços de recuperação.
O líder americano ordenou ainda o envio de uma equipe da agência federal de atenção em caso de emergências (FEMA, na sigla em inglês) ao local da tragédia e prometeu que prestará todo o auxílio necessário a Oklahoma. A governadora do estado declarou estado de calamidade em 16 condados.