Autoridades dos Estados Unidos e do Iraque estão em contato com representantes de alguns grupos insurgentes árabes sunitas para formar uma aliança contra a Al Qaeda no Iraque, disse nesta segunda-feira o embaixador norte-americano.
"Representantes da embaixada e algumas autoridades militares encontraram-se (com eles) em diversas ocasiões e o processo continua", disse o enviado Zalmay Khalilzad em sua última conferência de imprensa em Bagdá antes de deixar o cargo.
Antes o jornal The New York Times noticiou que o próprio Khalilzad encontrou-se no ano passado com grupos insurgentes sunitas, entre eles ex-simpatizantes de Saddam Hussein e nacionalistas.
Autoridades iraquianas já fizeram contato com grupos insurgentes no passado, mas não conseguiram progresso, já que a principal exigência das organizações é a retirada das tropas dos EUA.
Khalilzad disse que não queria dar muitos detalhes sobre quem está envolvido nas negociações, devido "aos esforços da Al Qaeda para atrapalhar esses esforços".
Militantes da Al Qaeda atacaram um grupo de tribos na província de Anbar, no oeste do Iraque, que formaram uma aliança contra o grupo islâmico sunita.
"Debatemos com vários grupos. O governo iraquiano também...como parte de um programa nacional de reconciliação. Os encontros aconteceram e continuam acontecendo", disse o diplomata.
"Não disse que falamos com terroristas, falamos com grupos que não participaram do processo político e que têm relação com alguns insurgentes com quem se pode reconciliar."
Khalilzad disse também que está cautelosamente otimista em relação ao sucesso no Iraque, mas disse que os líderes precisam acelerar o processo de reconciliação.
O diplomata foi nomeado pelo presidente George W. Bush para ser o embaixador norte-americano nas Nações Unidas.
Segundo o jornal The New York Times, uma autoridade dos EUA disse ser difícil de confirmar se as pessoas com quem Khalilzad encontrou-se são representantes influentes dos grupos insurgentes e que as lideranças são fragmentadas..
"Nunca pudemos encontrar gente que conseguisse reduzir a violência", disse a autoridade, de acordo com o jornal.
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