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Parte do sul de Manhattan foi interditada após a explosão. | SPENCER PLATT/AFP
Parte do sul de Manhattan foi interditada após a explosão.| Foto: SPENCER PLATT/AFP

Autoridades dos Estados Unidos continuam investigando a explosão ocorrida na noite de sábado em Nova York, e a segurança na cidade foi reforçada. O incidente ocorreu em Chelsea, um bairro movimentado de Manhattan, e deixou 29 feridos. Além disso, outro dispositivo, uma bomba caseira, foi encontrado na madrugada deste domingo a cinco quadras da explosão, mas foi neutralizado.

O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, disse em entrevista a jornalistas neste domingo, que ao menos mil policiais adicionais estão patrulhando locais como aeroportos, estações de trem e pontos turístico da cidade.

“Não há evidências neste momento de conexão com o terrorismo internacional”, disse o governador, que deu a entrevista na rua 23, onde ocorreu a explosão. A rua segue interditada para o tráfego de veículos, mas outras ruas da região, que estavam fechadas desde ontem à noite, foram liberadas de manhã. A estação de metrô da rua 23 permanece fechada, mas Cuomo disse que não houve danos na estrutura do local.

A segurança de Nova York já costuma ser reforçada nesta época do ano, mas agora ganha ainda mais reforço. A cidade começa a receber a partir deste domingo chefes de Estados de 193 países para a Assembleia Geral das Nações Unidas, que começa na terça-feira, 20.

O presidente Michel Temer deve chegar na cidade por volta das 18h (de Brasília). Nesta segunda, o presidente Barack Obama estará em Nova York para participar de um evento na ONU sobre refugiados e na terça-feira faz seu último discurso na plenária como presidente dos Estados Unidos. Perto da ONU, várias ruas já estão com estruturas de metal para interdição.

O FBI, a polícia de Nova York e oficiais de Washington estão investigando a explosão, disse o governador. Além disso, há um trabalho coordenado com o estado de Nova Jersey, onde ocorreu uma explosão ontem que levou ao cancelamento de uma corrida beneficente. Por enquanto, as autoridades descartam uma correlação entre as duas explosões. “A bomba em Nova Jersey parece ser diferente da usada em Manhattan”, disse Cuomo.

No caso de Nova York, não se sabe quem está por trás da explosão e qual a motivação, mas Cuomo reforçou diversas vezes na entrevista que os culpados serão punidos. Ontem, o prefeito Bill de Blasio disse que foi um “ato intencional”, mas evitou ligar a explosão a uma ação terrorista.

O prefeito Bill de Blasio classificou o episódio como um “ato intencional”. Ainda assim, ele ressaltou que não havia nenhuma evidência de que se tratava de uma ação terrorista. “Nós não temos nenhuma ameaça específica e digna de crédito neste momento”, comentou.

Informações iniciais

Não está claro quem estaria por trás da explosão em Nova York e o que poderia ser a motivação.

A explosão em Chelsea parece ter vindo de uma caixa de ferramentas colocada em frente de um prédio. A explosão ocorreu na rua 23 Oeste, diante de uma residência para cegos e perto de vários restaurantes. Comissário do Departamento de Bombeiros de Nova York, Daniel Nigro disse que várias pessoas foram hospitalizadas após ficarem feridas, a maioria com pouca gravidade. Uma pessoa teve um ferimento por um corte que foi considerado sério.

Rotas do metrô da cidade de Nova York foram afetadas pela explosão, que assustou parte da população local e dos turistas, dias depois das celebrações para honrar as vítimas dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, que completaram 15 anos.

A candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, disse que havia sido informada sobre os incidentes em Nova York e em Nova Jersey e do ataque em Minnesota. Ela lamentou as vítimas e disse que era preciso esperar a investigação se desenrolar. O candidato republicano, Donald Trump, disse na noite de sábado que houve uma explosão e comentou que “nós precisamos ser muito duros”, diante dos riscos globais e para os EUA.

A explosão em Manhattan ocorreu horas após uma bomba explodir no Seaside Park, em Nova Jersey, pouco antes de uma corrida de caridade. A prova de 5 quilômetros foi cancelada e ninguém ficou ferido.

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