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Os 68 brasileiros que até a manhã desta sexta-feira permaneciam isolados em Machu Picchu, no Peru, já foram resgatados por helicópteros do governo peruano e estão sendo transportados para Cuzco, a cerca de 110 quilômetros do sítio arqueológico.

Segundo a assessoria da embaixada brasileira no país, não há registros de feridos ou mortos entre os brasileiros. Os turistas de outras nacionalidades também já teriam sido retirados do local.

O último brasileiro a ser resgatado foi o vice-cônsul, João Gilberto. Ele chegou a Machu Picchu na última quarta-feira (27) para prestar apoio aos 278 brasileiros que visitavam o sítio histórico quando fortes chuvas provocaram enchentes na região.

As chuvas destruíram estradas, ruas e a única linha férrea que ligava Cuzco a Machu Picchu, isolando 2.545 turistas que se encontravam em Cuzco.

A embaixada garante estar prestando assistência a todos que necessitam de ajuda, seja para conseguir vaga em hotéis e pousadas, seja para retornar ao Brasil. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), levando 14 toneladas de alimentos doados pelo governo brasileiro, é esperado para o domingo (31).

A embaixada não descarta a possibilidade de parte do grupo voltar ao país na aeronave militar já que há grande dificuldade de se encontrar vagas em voos comerciais.

Apesar de ter mantido contato com todos os brasileiros, a embaixada diz ainda não saber quantas pessoas vão necessitar de transporte já que parte delas tenta voltar por seus próprios meios e parte decidiu seguir viagem para outros lugares.

As áreas atingidas estão localizadas no Sul do Peru, onde as chuvas causaram o transbordamento dos rios Vilcanota e Blanco. Houve destruição de plantações de milho e há suspeitas de que ruínas de diversos sítios arqueológicos sofreram danos. As perdas ainda estão sendo avaliadas. Cálculos preliminares indicam que 11.770 pessoas foram atingidas e outras 6.481 estariam desabrigadas.

O governo peruano prometeu liberar US$ 5,8 milhões como ajuda emergencial às vítimas, para a reconstrução de casas e apoio à agricultura. Além de Cuzco, as cidades de Anta, La Convención e Calca também enfrentam uma situação considerada grave.

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