Richard Grenell, republicano e especialista em política externa que não esconde sua homossexualidade, deixou bruscamente a campanha do candidato Mitt Romney em razão da crescente pressão dos conservadores, que criticam seu apoio ao casamento gay.
O comitê de campanha de Romney contratou Grenell, de 45 anos, há menos de duas semanas para criticar a política externa de Barack Obama e ajudar a formular e defender o próprio perfil de segurança nacional do candidato republicano.
Sua contratação provocou tumulto em alguns círculos conservadores. Bryan Fischer, apresentador da rádio American Family Association, exigiu no ar que Romney defendesse a contratação à luz de suas próprias crenças religiosas. A entrada de Grenell na campanha republicana também deu início a um acalorado debate no site conservador National Review, onde um colaborador escreveu que Grenell poderia usar sua nova posição para defender o casamento gay. Outros considerara a questão sem importância.
Grenell disse que decidiu deixar o cargo porque sua "capacidade de falar com força e clareza sobre as questões tem sido muito reduzida pela discussão partidária de questões pessoais, que costumam ocorrer durante uma campanha presidencial."
Ele declarou que Romney havia passado "uma clara mensagem para mim de que o fato de ser um gay assumido não era importante para ele e seu grupo". A equipe de campanha do republicano disse ter tentado persuadir Grenell a permanecer no cargo.
A entrada de Grenell na campanha de Romney, dez dias atrás, foi alardeada e importantes conselheiros disseram que ele teria um papel importante no aparato de organização da política externa. Mas ele ficou em segundo plano. Na semana passada, Grenell não participou de uma teleconferência com jornalistas na qual conselheiros de Romney criticaram abordagens do vice-presidente Joe Biden.
Grenell atuou durante oito anos no governo do ex-presidente George W. Bush, incluindo como porta-voz de John Bolton e Zalmay Khalilzad durante suas atuações como embaixadores dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU).
Quando estava na ONU, Grenell expressou seu apoio ao casamento gay. Ele também lutou, sem sucesso, para conseguir incluir seu parceiro em seu registro diplomático na ONU. As informações são da Dow Jones.
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