Uma juíza de Milão ordenou nesta terça-feira que três auxiliares do primeiro-ministro Silvio Berlusconi sejam julgados por acusações de terem recrutado uma adolescente marroquina e várias mulheres para a prostituição. A juíza Maria Grazia Domanico, confirmou, por telefone, as informações divulgadas pela mídia italiana sobre o indiciamento de Emilio Fede, executivo do império de mídia de Berlusconi, de Nicole Minetti, uma política local, e de Dario "Lele" Mora.
Os três declaram-se inocentes. O julgamento começa em 21 de novembro. Eles são acusados de recrutar mulheres para prostituição e de encorajar a prostituição, inclusive de uma menor.
Berlusconi é julgado separadamente por supostamente ter pago para fazer sexo com uma menor marroquina. Ele também se declara inocente.
A prostituição não é crime na Itália, mas explorar prostitutas ou pagar para fazer sexo com uma menor é contra a lei.
Quando os promotores encerraram formalmente sua investigação contra os três auxiliares do premiê, no início deste ano, alegaram que Berlusconi pagou para fazer sexo com a adolescente marroquina 13 vezes em sua vila, perto de Milão.
Os promotores também afirmam que festas regadas a sexo começavam com um jantar, progrediam para danças eróticas envolvendo o premiê e culminavam com Berlusconi escolhendo uma ou mais parceiras.
Berlusconi negou em público que alguma vez tenha pago por sexo. Sua mulher, que está se divorciando dele, citou seus namoricos com mulheres mais jovens.
Minetti disse aos jornalistas, ao chegar para a audiência nesta segunda-feira, antes do indiciamentos, que não havia dormido e afirmou que "acredita" no sistema judiciário italiano. As informações são da Associated Press.