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Em queda

Avaliação de Petro como presidente da Colômbia despenca e fica em 33,8%, aponta pesquisa

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, durante uma cerimônia com militares em Bogotá, capital colombiana (Foto: EFE/ Presidência da Colômbia)

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A avaliação do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, despencou após dez meses no cargo e uma sucessão de polêmicas que acompanharam seu governo nos últimos meses. Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (2) aponta que a aprovação do primeiro governante colombiano de esquerda está em apenas 33,8%.

Petro, cuja avaliação chegou a subir para 50% em novembro de 2022, após os primeiros meses de governo, agora observa ela cair para 33,8% em maio deste ano. O levantamento foi realizado pela Invamer para o jornal El Espectador e as emissoras Noticias Caracol e Blu Radio.

Esses dados são divulgados no momento em que o chefe de Estado enfrenta uma delicada crise devido ao escândalo de interceptações ilegais e possíveis abusos de poder envolvendo sua chefe de gabinete, Laura Sarabia, e o embaixador na Venezuela, Armando Benedetti. Nessa sexta-feira, ambos foram afastados por Petro.

A pesquisa, realizada entre os dias 26 e 29 de maio com 1,2 mil pessoas em 57 municípios do país, incluindo 16 capitais, perguntava: "Você aprova ou desaprova a forma como Gustavo Petro está realizando seu trabalho como presidente da Colômbia?".

A essa pergunta, 33,8% das pessoas responderam que aprovam a atuação da Petro, enquanto 59,4% responderam que desaprovam.

Essa reprovação também teve forte crescimento, já que em novembro de 2022 apenas 43% desaprovavam a gestão do presidente.

Ainda de acordo com a pesquisa, 70,7% afirmaram que o país está no caminho errado e apenas 23,6% acham que está no caminho certo, enquanto 5,8% disseram que não sabem ou não quiseram responder.

66% dos entrevistados dizem não ter percebido a mudança anunciada por Petro, que foi seu slogan de campanha, e 78,2% dizem que, se houve, foi para pior.

Outra das perguntas foi sobre o uso do Twitter por Petro, como forma regular de comunicar algumas decisões importantes e também de criticar a oposição ou mesmo a imprensa.

Nesse caso, 54,9% disseram discordar do uso do Twitter por Petro e 38,4% afirmaram que concordam.

Petro usa o Twitter para comunicar aspectos relevantes de seu governo e assuntos de interesse nacional, mas às vezes as mensagens são equivocadas, como quando anunciou que quatro crianças indígenas, perdidas nas selvas do sul do país após a queda de um avião em que viajavam com outros três adultos, foram encontradas vivas.

Em relação às principais reformas anunciadas pelo governo - saúde, previdência, trabalho, entre outras -, 60,9% afirmaram discordar e apenas 32,1% as apoiam. A vice-presidente colombiana, Francia Márquez, também não foi bem na pesquisa, uma vez que quase 60% dos entrevistados desaprovaram seu trabalho e apenas 27,9% aprovaram.

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