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Eleições presidenciais

Avanço da apuração aumenta vantagem de candidata correísta nas eleições do Equador

Luisa González, candidata pelo partido Revolução Cidadã, apoiado por Rafael Correa, lidera a corrida eleitoral para o 2º turno (Foto: EFE/ Jose Jacome)

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Com 92,9% das urnas apuradas, a vantagem da candidata correísta Luisa González sobre o jovem empresário Daniel Noboa aumentou para quase dez pontos nas eleições presidenciais deste domingo (20) no Equador.

Apesar disso, nenhum dos candidatos conseguiu número suficiente para vencer o pleito em primeiro turno, que será definido em um segundo turno no dia 15 de outubro.

Nesta segunda-feira (21), de acordo com relatórios preliminares do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, González chegou a 33,31% dos votos, enquanto Noboa aparece com 23,66%.

O terceiro lugar, com 16,51%, ficou com a chapa do candidato assassinado Fernando Villavicencio, que foi substituído por Christian Zurita, seu amigo e parceiro nas investigações sobre supostos atos de corrupção em antigos governos no país.

Em quarto lugar está o empresário especialista em segurança Jan Topic, com 14,68%, seguido pelo ex-vice-presidente do país Otto Sinnenholzner, com 7,06%, e pelo líder indígena Yaku Pérez, com 3,93%.

Embora as pesquisas já previssem que González seria a mais votada no primeiro turno, graças à parcela de eleitores que a corrente política do ex-presidente Rafael Correa está acostumada a ter, Noboa não aparecia entre os primeiros nas sondagens, e seu apoio teve um aumento meteórico nos últimos dias, impulsionado pelo voto jovem e por apresentar uma imagem de "outsider" na política.

González, advogada e ex-deputada que ocupou vários cargos no governo de Correa, enfatizou em um discurso público aos seus apoiadores que ela será a primeira mulher a disputar o segundo turno de uma eleição presidencial no Equador.

"Apelamos para a unidade de todos os equatorianos", declarou González, que acompanhou a apuração ontem em Quito acompanhada pelo ex-vice-presidente do governo da Espanha Pablo Iglesias.

Para a candidata pelo movimento Revolução Cidadã, o assassinato de Villavicencio, inimigo ferrenho de Correa por conta das denúncias de corrupção feitas contra ele ao longo de sua carreira jornalística, prejudicou sua candidatura e a impediu de vencer no primeiro turno.

Noboa, de 35 anos e filho do magnata Álvaro Noboa, cinco vezes candidato à presidência, foi a surpresa da noite de apuração, ficando em segundo lugar.

O candidato pela aliança política ADN começou a ganhar força após sua participação no debate presidencial do último domingo, a ponto de ultrapassar outros rostos mais conhecidos e midiáticos na corrida presidencial.

"Não será a primeira vez que um novo projeto vira o establishment político de cabeça para baixo. Esse frescor na política é o que nos trouxe até aqui", destacou Noboa em entrevista coletiva realizada em Guayaquil. (Com informações da Agência EFE)

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