Dez pessoas morreram na queda do avião produzido pela Embraer, incluindo o líder do Wagner Yevgeny Prigozhin| Foto: EFE/EPA/ANATOLY MALTSEV
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A Legacy 600, aeronave que caiu no norte da Rússia com o líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, nessa quarta-feira (23) foi produzida pelo conglomerado de aviação brasileiro Embraer, em São José dos Campos, interior de São Paulo, há 16 anos. A informação é do site PlaneSpotters.

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À agência Reuters, a empresa afirmou que o avião possui um histórico de segurança, comprovado por meio de relatórios técnicos, e apresentou apenas um registro de envolvimento em acidente desde o início de sua produção em 2002.

No entanto, devido às sanções internacionais impostas contra a Rússia pela Guerra na Ucrânia, a empresa deixou de fornecer manutenção nas aeronaves ainda em 2019. A medida aplicada pelo Ocidente proibiu as empresas de aviação de fornecer peças e suporte técnico no território russo.

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“A Embraer cumpriu as sanções internacionais impostas à Rússia, suspendendo o suporte técnico às aeronaves em 2019. Não temos acesso a informações sobre a queda da aeronave”, disse a fabricante em nota.

Investigações

De acordo com regras internacionais, estabelecidas pela Organização da Aviação Civil Internacional (da sigla em inglês, ICAO), por ter envolvimento na produção do avião, o Brasil pode participar das investigações sobre a causa da queda.

Para isso, o país precisa fornecer todas as informações solicitadas pelas autoridades estrangeiras sobre a Legacy 600. De acordo com a ICAO, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) é o órgão brasileiro responsável por apurar registros como esse.

A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) afirmou nessa quarta-feira (23) que abriu uma investigação sobre a motivação da queda.

O perfil Gray Zone no Telegram, associado ao Grupo Wagner, acusou a inteligência russa de abater a aeronave. Contudo, a informação não foi confirmada até o momento pelo governo e outros países que podem investigar o caso.

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Outra liderança importante na organização paramilitar, Dmitry Utkin, também estava na lista de dez passageiros que foram vítimas da queda, ocorrida na região russa de Tver, de acordo com informações da agência de aviação russa.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]