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Familiares das vítimas do voo MH370 se desesperam ao receber a notícia sobre a queda do avião | REUTERS/Jason Lee
Familiares das vítimas do voo MH370 se desesperam ao receber a notícia sobre a queda do avião| Foto: REUTERS/Jason Lee

Famílias das vítimas do voo MH370 foram avisadas por torpedo

Momentos antes do anúncio sobre a queda do avião, a Malaysia Airlines notificou as famílias de passageiros e tripulantes por mensagens de texto por celular.

O torpedo informava sobre o ocorrido e lamentava comunicá-los que "ninguém sobreviveu".

Leia matéria completa.

  • Najib Razak (ao centro) confirmou que o governo malaio considera que o avião caiu no Oceano Índico

O Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines desaparecido no último dia 8 caiu no sul do Oceano Índico e acredita-se que seus 239 ocupantes morreram, informou nesta segunda-feira (24) o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, em entrevista coletiva.

"A partir de novas análises, a Inmarsat e a AAIB (UK Air Accidents Investigation Branch) concluíram que (o voo) MH370 voou pelo corredor sul e que sua última posição foi na metade do Oceano Índico, ao oeste de Perth", disse o governante.

"Trata-se de um lugar remoto, longe de terra. É por isto que, com grande pesar e dor, devo informar que, segundo os novos dados, o voo MH370 caiu no sul do oceano Índico", acrescentou Najib.

"A Malaysia Airlines falou com os familiares dos passageiros e a tripulação para informá-los. Para eles, as últimas semanas foram dilaceradoras e sei que esta notícia será ainda mais", acrescentou o primeiro-ministro malaio, que prometeu oferecer mais detalhes na terça-feira (25).

Antes do anúncio, a Malaysia Airlines enviou aos familiares das pessoas que estavam no Boeing 777-200, uma mensagem de texto na qual informava sobre o ocorrido e lamentava comunicá-los que "ninguém sobreviveu".

Os ocupantes do avião eram 153 chineses, 50 malaios (12 formavam a tripulação), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiuanês e dois iranianos que embarcaram com passaportes roubados de um italiano e um austríaco.

As autoridades malaias não ofereceram uma explicação sobre o ocorrido com o avião e deve esperar a recuperação das caixas-pretas do aparelho.

O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur rumo a Pequim na madrugada de 8 de março e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos depois.

Equipes de 26 nações buscaram desde então restos do avião, primeiro no Mar da China Meridional e depois no Índico.

Investigações dos dados de radares e satélites levou os investigadores a concluir que o piloto do Boeing deu a volta e voou até a Península de Malaca.

Nesse ponto, o aparelho pode ter se dirigido rumo ao norte, em um corredor entre Tailândia e Cazaquistão ou Turcomenistão, ou rumo ao sul, entre Indonésia e o Índico.

As operações internacionais de resgate se dividiram para vasculhar as zonas em questão.

A Austrália se encarregou de dirigir a busca no sul e contou com a ajuda da Malásia (6 embarcações, 2 aviões e 3 helicópteros), Japão (4 aviões), China (15 embarcações e 2 aviões), Nova Zelândia (2 aviões), Estados Unidos (2 aviões), Indonésia (8 embarcações e 4 aviões), Emirados Árabes Unidos (2 aviões), o Reino Unido (1 navio), Coreia do Sul (2 aviões), a Índia (2 aviões) e Noruega (1 navio).

Enquanto isso, policiais de vários países em colaboração com a Interpol buscaram pistas de um possível ato terrorista, sabotagem, sequestro, suicídio ou qualquer outra possibilidade.

Os investigadores interrogaram mais de cem pessoas, incluindo as famílias do piloto e copiloto.

Além disso, especialistas e pessoas da Malaysia Airlines atenderam os parentes dos passageiros e da tripulação, alguns dos quais foram levados a Kuala Lumpur e outros permaneceram em Pequim.

Os parentes chineses são os que se mostraram mais descontentes com a forma como as autoridades malaias coordenaram a busca do Boeing e as acusaram de ocultar informação.

Uma equipe ministerial malaia viajou para Pequim e, "após se reunir com os parentes durante mais de 12 horas e de responder centenas de perguntas", retornou a Kuala Lumpur "para tratar os problemas surgidos nas conversas. A equipe voltará a Pequim amanhã", explicou hoje o ministro da Defesa, Hishamudin Hussein.

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