Um avião Hércules C-130 da Força Aérea do Chile desapareceu com 38 pessoas a bordo nesta segunda-feira (9), quando voava de Punta Arenas, no sul do Chile, até a Antártida. A Força Aérea do Chile informou na madrugada desta terça-feira que a aeronave foi reportada como "danificada" e que buscas por possíveis sobreviventes estão sendo feitas no estreito de Drake, onde o avião foi rastreado pela última vez.
A aeronave tinha combustível para voar somente até 00h40. Ela havia saído da base aérea chilena em Punta Arenas às 16h53 e perdeu comunicação por rádio às 18h13, quando estava a 500 km da base Eduardo Frei Montalva, na Antártica, segundo comunicado da Força Aérea. As condições meteorológicas estavam boas no momento em que a aeronave desapareceu.
A Força Aérea também informou que o Hércules C-130 cumpria tarefas de apoio logístico, transportando pessoas para revisar oleodutos na base da Antártica e fazer tratamento anticorrosivo nas instalações chilenas na área. A bordo estavam 17 tripulantes e 21 passageiros, dos quais 15 são da Força Aérea, três são militares do Exército e três são civis - os nomes foram divulgados pela Força Aérea do Chile. As famílias foram contatadas para "mante-los informados desta lamentável situação".
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou na noite de segunda-feira que vai à base de Cerrillos, em Santiago, junto com o ministro do Interior, Gonzalo Blumel para monitorar as buscas e envio de equipes de resgate. Por causa do acidente, Piñera cancelou sua viagem a Buenos Aires, onde assistira à posse do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, nesta terça-feira.
Brasil oferece ajuda
O presidente Jair Bolsonaro ofereceu ajuda do Brasil na operação de buscas do avião, segundo o presidente chileno. "Acabei de falar com o presidente Jair Bolsonaro, que nos ofereceu toda a ajuda do Brasil nas tarefas de busca do avião da Força Aérea do Chile. Com a ajuda de muitos, estamos fazendo todos os esforços humanamente possíveis nas tarefas de busca do avião", tuitou Piñera.
Em comunicado divulgado na manhã desta terça, a Marinha do Brasil informou que o navio polar Almirante Maximiano foi deslocado e está a caminho do possível local da queda da aeronave chilena, no estreito de Drake, que é uma das travessias mais perigosas do mundo tanto para navios quanto para aeronaves. Ele deve chegar à área por volta das 7h40 de quarta-feira, segundo o Ministério da Defesa do Brasil.
Além disso, a Força Aérea brasileira disponibilizou duas aeronaves, uma SC-105 e uma P-3 Orion, utilizadas em operações de busca e salvamento. Segundo o ministério, elas são dotadas de sensores infravermelhos e equipadas com recursos de varredura eletrônica. O governo chileno está avaliando a necessidade do emprego destas aeronaves.
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