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Aviões iemenitas bombardearam na terça-feira cidades sulistas controladas por militantes, e um general de alta patente pediu pela TV uma intervenção estrangeira para evitar uma crise regional de segurança.

Os protestos pela renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há três décadas, continuam paralisando o país, mas ele se recusa a ceder, apesar de ter sofrido uma tentativa de assassinato que o forçou a buscar tratamento médico na Arábia Saudita, deixando o país no limbo.

Militantes islâmicos supostamente ligados à Al Qaeda capturaram duas cidades na província sulista de Abyan, inclusive a capital regional, Zinjibar, forçando dezenas de milhares de iemenitas a fugirem,

Potências regionais e a poderosa vizinha Arábia Saudita temem que a Al Qaeda esteja se aproveitando da crescente vácuo de segurança no país, de onde o grupo islâmico já tentou realizar atentados contra os Estados Unidos e Riad.

Um influente general que rompeu com o governo e aderiu aos protestos em março disse à CNN que o impasse político no Iêmen cria um risco para o próprio país e para os seus vizinhos petroleiros do golfo Pérsico.

"Precisamos de uma intervenção dos nossos amigos, e rápido, porque podem surgir propagandas contra o nosso país. Isso colocaria o país em um severo impasse de segurança. Toda a região será afetada em termos de segurança", disse o general Ali Mohsen.

Washington e Riad não conseguiram convencer Saleh a aderir a uma iniciativa regional para a transferência de poder, da qual ele recuou três vezes, sempre na última hora.

Adversários de Saleh o acusam de fazer vista grossa à presença dos militantes islâmicos no sul, para instilar na comunidade internacional o medo de que seu governo seja substituído por um regime islâmico. Na semana passada, os militantes ocuparam uma base militar improvisada e cercaram outro quartel.

Na terça-feira, o governo intensificou os bombardeios em Abyan, matando quatro homens armados na localidade de Jaar, também controlada por militantes. Autoridades locais se queixam, no entanto, que os bombardeios costumam errar seus alvos.

Uma ação armada na casa de um parlamentar nos arredores de Zinjibar matou quatro primos deles e feriu seis civis, no que pareceu ser um erro operacional dos militares.

Um oficial militar disse na terça-feira à agência estatal de notícias iemenita que 40 militantes ligados à Al Qaeda e dois soldados foram mortos em Zinjibar. É difícil verificar o número de mortos, já que muitas dessas áreas continuam sob o controle de militantes.

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