A presidente do Chile, Michelle Bachelet, fez um discurso em defesa dos direitos humanos e da democracia durante solenidade em que recebeu, nesta manhã, o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Brasília (UnB). A primeira mulher eleita para a presidência daquele país disse que seu governo ratificará todos os acordos internacionais nesse sentido, destacou a necessidade de inclusão social em todas as esferas e garantiu que não existe clima revanchista no Chile.
- A ditadura, as torturas, a luta pela democracia não geraram revanchismo em meu país - afirmou, momentos antes de seguir para o Palácio do Planalto para encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Michele Bachelet está há um mês na presidência do Chile. Com 54 anos, graduada em Medicina e mãe de três filhos, ela é filha de um general da Força Aérea, Alberto Bachelet. Fiel a Salvador Allende, seu pai morreu na prisão, no auge da ditadura de Augusto Pinochet. Ela e sua mãe também foram presas e torturadas.
Bachelet viveu parte de sua vida no exílio, na Europa. Em seguida, já no Chile, foi ministra da Defesa e da Saúde na gestão do ex-presidente Ricardo Lagos.
O título de Doutor Honoris Causa é dado em reconhecimento ao trabalho de personalidades que tenham se distinguido, entre outras qualidades, pelo saber, atuação em favor das artes, ciência e melhor entendimento entre os povos. São exemplos de pessoas que receberam o título os escritores Jorge Amado e o português José Saramago, o economista Celso Furtado e o líder político da África do Sul Nelson Mandela.
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