A três dias das eleições presidenciais no Chile, pesquisas de intenção de voto apontam que a ex-presidente Michelle Bachelet, candidata a repetir o cargo, deve vencer o pleito e possivelmente evitar um segundo turno. Bachelet, de 62 anos, acolheu a causa dos manifestantes que ocuparam as ruas nos últimos anos exigindo uma reforma da educação, maior proteção ambiental e a redução da acentuada desigualdade de renda no país.
Esta quinta-feira (14) é o último dia permitido por lei para que os candidatos façam campanha. A ex-presidente subirá no palanque pela última vez na atual corrida presidencial no final da tarde desta quinta-feira, pouco antes do último comício de sua rival, a candidata governista e ex-ministra do Trabalho Evelyn Matthei.
Com as sondagens a seu favor, a eleição para um segundo mandato de quatro anos não deverá ser a parte mais difícil para a primeira presidente mulher do Chile, dizem analistas. Conseguir a aprovação de sua plataforma de governo no Congresso, afirmam especialistas, será o mais complicado para Bachelet.
Mãe de três filhos, ela quer ficar na história como a presidente que corrigiu as desigualdades e revolucionou a educação pública, mediante uma milionária reforma tributária que, segundo ela, não terá os mesmos efeitos se não for acompanhada de uma nova Constituição. Bachelet pretende arrecadar US$ 8,2 bilhões adicionais mediante a elevação dos impostos às empresas, "sem a qual se torna inviável considerar o conjunto de transformações propostas", segundo a ex-presidente.
Nas eleições do próximo domingo, além do novo presidente do país, os chilenos também renovarão 120 cadeiras na Câmara dos Deputados e 20 das 38 cadeiras no Senado.