Após uma queda brusca de popularidade nos últimos meses, a presidente chilena, Michelle Bachelet, anunciou nesta segunda-feira (11) sua aguardada troca de gabinete. No processo, cinco ministros deixam definitivamente o governo, enquanto outros quatro serão realocados.
Entre os removidos do cargo, estão o chefe de gabinete, ministro do Interior e herdeiro político de Bachelet, Rodrigo Peñailillo.
Dos 23 ministros, formarão o novo comitê político central do governo Jorge Burgos (saído da Defesa e agora do Interior), Marcelo Díaz (secretário-geral de governo), Jorge Insunza (secretário-geral da presidência) e Rodrigo Valdés (Fazenda). O último, até então diretor do Banco Central, substitui Alberto Arenas.
Foi a primeira vez desde a volta da democracia que um presidente chileno mudou o responsável pela Fazendo durante o governo.
“Hoje é o tempo de dar um novo impulso na qualidade de governo”, declarou Bachelet. “Durante os últimos 14 meses, esta equipe trabalhou intensamente, dando o máximo de cada um”.
Na quarta-feira passada, Bachelet havia decidido pedir a renúncia de todos seus ministros, buscando superar uma crise de confiança potencializada pelo escândalo de compra e revenda de terrenos por uma empresa de sua nora. Seu filho, Sebastián Dávalos, se demitiu dos cargos que ocupava no governo.
“De onde venho, sei da lealdade e do esforço investidos. As coisas não são fáceis, mas há que se trabalhar duro para seguir adiante. Agradeço a todos os que me acompanharam neste tempo”, agradeceu Peñailillo, que, aos 41 anos, era visto como um braço direito de Bachelet.
Quem ficou no cargo foi o chanceler Heraldo Muñoz, pessoalmente ratificado por ela.