O governo da cidade de Bagdá está pedindo que os Estados Unidos paguem US$ 1 bilhão em reparação e peçam desculpas por danos causados à cidade pelas barreiras de contenção erguidas durante os quase oito anos de guerra. Autoridades municipais abriram um processo num tribunal iraquiano contra o Exército dos EUA, informou um funcionário de comunicação nesta quinta-feira (17), em condição de anonimato.

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Em comunicado oficial colocado na noite de quarta-feira em seu site, o governo local diz que as forças norte-americanas desfiguraram sua "bela cidade". Barreiras de contenção "erguidas com o pretexto de segurança" danificaram o sistema de esgoto e as calçadas, provocaram congestionamento de trânsito e paralisaram empresas, diz o documento.

Mas Kamil al-Zaidi, presidente do conselho provincial de Bagdá, disse que as forças de segurança iraquianas também compartilham da responsabilidade pelos quilômetros de barreiras de concreto que cruzam a capital. "As forças de segurança iraquianas, não apenas as norte-americanas, compartilham a responsabilidade pela construção desses muros", disse. Ele acrescentou que as barreiras há anos ajudam a salvar vidas e a proteger prédios do governo dos ataques a bomba.

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Os enormes pedaços de concreto cinza tornaram-se uma das imagens que definem estes quase oito anos de guerra. Eles foram erguidos em toda parte do país para proteger forças iraquianas e norte-americanas, absorvendo o impacto de explosões, e circundam quase todos os prédios do governo, mesquitas e instalações militares. Durante o auge da insurgência, bairros inteiros foram cercados pelas barreiras.

Os iraquianos estão ao mesmo tempo gratos pela proteção oferecida pelas barreiras e irritados com sua aparência e os problemas que causam ao trânsito de automóveis. O lixo fica empilhado ao longo dos muros e artistas iraquianos tentaram em vão deixá-las mais bonitas com demãos de tinta. Recentemente a cidade começou a remover muitas dessas barreiras, também chamadas de "muros T" porque se parecem um uma letra "T" invertida. As informações são da Associated Press.