O rei do Bahrein, Hamad, decretou hoje o fim do estado de emergência no país. As restrições estavam em vigor desde 15 de março, em meio a protestos contra o regime e por melhorias políticas e econômicas.
Apesar disso, uma força de segurança conjunta de países do Golfo Pérsico irá permanecer no Bahrein, informou o chefe militar, xeque Khalifa bin Ahmed al-Khalifa, em entrevista ao jornal saudita Asharq al-Awsat. Segundo ele, as tropas ficarão "até que não seja mais necessário". A maioria desses soldados são da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.
As tropas do Golfo ajudaram as forças de segurança na repressão aos protestos liderados pela maioria xiita, em um país governado por uma minoria sunita. As manifestações começaram em meados de fevereiro. O Irã, um país persa de maioria xiita, se opõe duramente à intervenção militar estrangeira no Bahrein, o que piorou as já tensas relações de Teerã com as nações do Golfo.
Ontem, o rei Hamad pediu um diálogo nacional a partir de hoje. Não está claro, porém, se os envolvidos no protesto desejarão essa aproximação, nem qual será a pauta em debate.
