Ksenia Karelina durante seu julgamento nesta quinta-feira (15) em Ecaterimburgo, na Rússia| Foto: EFE/EPA/STRINGER
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A Justiça da Rússia condenou nesta quinta-feira (15) a cidadã russo-americana Ksenia Karelina, acusada no país de "alta traição", a uma pena de 12 anos de prisão.

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O Ministério Público russo havia solicitado 15 anos de prisão para a bailarina de 33 anos por enviar US$ 51,80 ao Exército da Ucrânia.

Em janeiro, Karelina foi presa em Ecaterimburgo, capital dos Urais, e inicialmente detida durante 14 dias por vandalismo.

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Em fevereiro, a mulher foi enviada para prisão preventiva já acusada de "alta traição" por enviar dinheiro à Ucrânia para compra de mantimentos, equipamento bélico, munições e armas.

Embora sua defesa tenha evitado revelar o valor enviado pela acusada ao Exército ucraniano, o grupo russo de direitos humanos Pervi Otdel afirmou que em 24 de fevereiro de 2022, mesmo dia em que começou a guerra na Ucrânia, ela transferiu US$ 51,80 para o fundo Razom for Ukraine, criado por ucranianos que vivem nos Estados Unidos.

A sentença foi proferida apenas duas semanas após uma troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente que incluiu 24 pessoas, a maior desde 1985.

Três dos trocados eram cidadãos americanos, incluindo o jornalista Evan Gershkovich, que também foi detido em Ecaterimburgo por espionagem.

Segundo o portal E1, Karelina se declarou culpada e esperava fazer parte de uma troca de prisioneiros entre Moscou e Washington.

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Os Estados Unidos e a oposição russa acusam o Kremlin de fazer como reféns prisioneiros políticos e cidadãos estrangeiros para trocá-los por russos que cumprem penas em prisões ocidentais.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]