Soldado norte-americano patrulha rua de Kirkuk, no Iraque. Pelo menos 2.600 civis, policiais e soldados iraquianos, além de 35 militares dos Estados Unidos, foram mortos no Iraque desde que o governo norte-americano encerrou formalmente as operações de combate no país, um ano atrás, revelam estatísticas dos dois governos| Foto: REUTERS/Saad Shalash

Pelo menos 2.600 civis, policiais e soldados iraquianos, além de 35 militares dos Estados Unidos, foram mortos no Iraque desde que o governo norte-americano encerrou formalmente as operações de combate no país, um ano atrás, revelam estatísticas dos dois governos.

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Agora que as tropas dos EUA se preparam para deixar o Iraque até o fim do ano, as cifras mostram que a insurgência de sunitas e os ataques de milícias xiitas estão causando baixas significativas, apesar de a violência ter diminuído drasticamente após ter alcançado seu maior patamar depois da invasão do país em 2003 por forças lideradas pelos norte-americanos.

Em 31 de agosto de 2010 o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou o fim dos combates no Iraque e disse que os extremistas iriam continuar a colocar bombas, atacar civis iraquianos e tentar semear a luta sectária. "Mas no fim esses terroristas fracassarão em seu objetivo de atingir essas metas", afirmou então Obama.

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As estatísticas do Ministério da Saúde do Iraque indicam que 1.604 civis foram mortos em atos de violência no último ano. Em agosto a cifra é de 155 mortes. Os ataques no mês passado incluíram um atentado suicida contra uma importante mesquita sunita, no qual morreram 32 pessoas, e uma série de ações coordenadas no dia 15, as quais deixaram um saldo de 60 mortos.

Nos últimos 12 meses morreram 588 policiais e 418 soldados iraquianos - 45 policiais e 39 soldados somente em agosto, segundo dados dos ministérios da Defesa e do Interior do Iraque.

As estatísticas do Departamento de Defesa dos EUA mostram que 56 militares do país morreram no último ano, dos quais 35 em incidentes de violência. Desde o início da guerra mais de 4.400 efetivos dos EUA foram mortos no Iraque. Não houve mortes entre os militares norte-americanos em agosto.

"O Iraque continua sendo um lugar muito perigoso", disse o porta-voz militar dos EUA no Iraque, general Jeffrey Buchanan.

Os EUA têm cerca de 43 mil soldados no país, mas já chegaram a manter ali cerca de 170 mil.

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Segundo um acordo bilateral de segurança, as forças dos EUA devem deixar o Iraque até 31 de dezembro, mas políticos iraquianos estão analisando a possibilidade de manter algum contingente em ações de treinamento.

Autoridades militares iraquianas e norte-americanas dizem ter afetado seriamente a capacidade de ação da rede Al-Qaeda. No entanto, as estatísticas dos EUA mostram que há em média 14 atentados ou outros tipos de ataques todos os dias no Iraque.

De acordo com a entidade Iraq Body Count, entre 102.344 e 111.861 pessoas foram mortas na Guerra do Iraque. Cerca de 4.800 integrantes da coalizão de países liderada pelos EUA também morreram.