Uma balsa indonésia que fazia a travessia entre Borneo e as ilhas Java naufragou com pelo menos 600 pessoas a bordo durante uma tempestade noturna, afirmaram autoridades neste sábado.

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Esse é o segundo naufrágio em poucos dias na Indonésia. Na quinta, um barco virou no mar agitado próximo à ilha de Sumatra.

O mar alto e o mau tempo dificultavam os esforços para resgatar sobreviventes do último desastre, mas até o fim da tarde 69 pessoas haviam sido encontradas, segundo Riyadi, chefe de operações do serviços de Busca e Resgate em Semarang, Java Central.

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A maioria dos sobreviventes está num hospital em Rembang. Nove pessoas ainda estão na ilha Bawean, disse ele à Reuters.

Rembang é uma cidade da província de Java Central. Bawean, no Mar de Java, a 663 quilômetros a leste de Jacarta, é o local para onde vários sobreviventes foram levados inicialmente.

``Sou de Purworejo. Espero que eles achem minha filha'', disse o sobrevivente Cholid à rádio Elshinta do hospital em Rembang, para onde ele foi levado por pescadores que o encontraram.

Os tripulantes mandaram os passageiros colocarem coletes salva-vidas antes do naufrágio, disse ele. A embarcação estava fazendo água antes de naufragar, por volta da meia-noite.

Toni Syaiful, porta-voz da Marinha na cidade de Surabaya, a leste de Java e ao sul do local do acidente, disse que deixou Kalimantan, no Borneo, na noite de sexta-feira e dirigiu-se a Semarang.

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Segundo ele, seis navios da marinha, um helicóptero e um avião foram mobilizados para varrer a área do naufrágio, mas o clima está dificultando os trabalhos de resgate.

``Há ondas altas, de cerca de dois a três metros, e também está chovendo.''

Com base nas passagens vendidas, Syaiful disse que a balsa transportava 542 passageiros e 63 tripulantes. Em relatos iniciais o número de pessoas a bordo variava de 500 a 850.

Os barcos indonésios costumam transportar passageiros não registrados oficialmente. Barcos e balsas são um meio de transporte comum entre as 17 mil ilhas da Indonésia, onde as conexões marítimas são mais baratas e acessíveis do que as aéreas.

No entanto, os padrões de segurança nem sempre são seguidos e acidentes ocorrem com freqüência.

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Também continua o trabalho de resgate dos passageiros do barco que virou na quinta-feira. ``Dos 51 passageiros, encontramos quatro corpos e 28 sobreviventes. Estamos procurando pelos outros 14'', disse Abu Sopha Ibrahim, porta-voz da polícia de Sumatra do Sul.