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Conferência de Paz

Ban Ki-moon adverte que não haverá avanço instantâneo nas negociações sírias

Secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon (centro), discursa em Montreux | REUTERS/Arnd Wiegmann
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon (centro), discursa em Montreux (Foto: REUTERS/Arnd Wiegmann)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu nesta quarta-feira que não se deve esperar um avanço instantâneo nas negociações de paz que a oposição e o governo sírio começarão na sexta-feira em Genebra.

"Não esperamos um avanço instantâneo", disse o responsável das Nações Unidas em entrevista coletiva ao término da sessão inaugural da Conferência de Paz para a Síria em Montreux, na Suíça.

Ban sustentou que ninguém deve subestimar as dificuldades que haverá, mas em seguida lembrou que é o dever das partes que agora se enfrentam com as armas "encontrar o caminho da paz".

"Não é tarde demais para achar a paz e um futuro democrático em uma Síria unida", declarou.

Ban pediu às partes que tomem consciência d que cada oportunidade deve ser aproveitada para deter a violência: "O momento de atuar de forma valente chegou, é agora", ressaltou.

Em seu discurso perante a imprensa, o secretário-geral da ONU fez uma chamada para que se facilite a ajuda humanitária, especialmente nas áreas povoadas que estão assediadas e nas quais a ajuda não entra há meses.

"Deve-se permitir a entrada de alimentos e remédios, e deixar sair os feridos", afirmou.

Sobre a controvérsia criada pela retirada do convite ao Irã para participar deste processo, explicou que todos os participantes compreendiam que a finalidade da via negociadora iniciada hoje é "refletir sobre o estabelecimento de um órgão de governo transitório, e não pude obter uma confirmação firme do governo (de Teerã) a este respeito".

No entanto, lembrou que sua posição é que todos os países que têm alguma influência sobre as partes beligerantes na Síria devem participar de alguma maneira neste processo.

"O Irã é um ator muito importante e pensamos (na ONU) que devia ser convidado, mas não houve consenso de outros atores", explicou, após enfatizar que acredita ter tomado "a decisão correta".

Durante toda a entrevista coletiva de Ban, a imprensa governista síria pediu a palavra e ao término da mesma aconteceu uma rápida confusão quando alguns de seus membros reivindicaram quase a gritos que o porta-voz lhes permitisse fazer uma pergunta, o que finalmente não ocorreu.

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