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O líder da ONU Ban Ki-moon alertou neste sábado (29) que o conflito entre muçulmanos e budistas no estado de Rakhine em Mianmar pode afetar as reformas do país e ultrapassar as fronteiras, segundo porta-voz da ONU.

Líderes muçulmanos pediram uma ação da ONU, na Assembleia Geral, sobre o confronto mortal. O tema foi discutido entre Ban, o presidente de Mianmar, Thein Sein, e o chefe da Organização de Cooperação Islâmica (OIC).

Thein Sein, que está promovendo reformas em ritmo acelerado em Mianmar, prometeu a Ban combater as consequências da instabilidade, disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.

Mais tarde, Ban falou a Ekmeleddin Ihsanoglu, secretário geral da OIC, formada por 57 nações, que os problemas em Rakhine devem ser "tratados cuidadosamente por causa das potenciais implicações mais amplas da questão de Rakhine sobre todo o processo de reformas em Mianmar assim como em outros países".

Ban e Thein Sein discutiram as disputas em Rakhine "e as perspectivas imediatas e de longo prazo para promover a harmonia entre as comunidades e lidar com as causas da tensão," disse Nesirky.

Ban também falou em "esforços concertados" para pôr fim à guerra do governo com os rebeldes étnicos em Kachin, no norte do país, onde Thein Sein tem realizado reformas nos últimos dois anos.

A disputa entre budistas e muçulmanos Rohingya em Rakhine começou em junho. De acordo com a contagem oficial, cerca de 90 pessoas morreram, embora grupos de direitos humanos dizem que os número provavelmente são muito maiores.

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