Em seu último dia de visita à América do Sul, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, destacou a importância da região na promoção da chamada "cooperação Sul-Sul", via econômica que busca aproximar e melhor integrar países em desenvolvimento.

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Após passagens por Colômbia, Argentina e Uruguai, ele também afirmou que esses países, juntamente com o Brasil, devem estreitar laços na defesa dos direitos humanos e da democracia, tendo em vista as experiências de cada nação na superação de regimes ditatoriais de meados do século passado.

Durante a viagem ao continente, Ban Ki-Moon também se encontrou com a nova secretária-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), a colombiana María Emma Mejía. O secretário-geral destacou as experiências de países da região no envio de tropas de paz para o Haiti e países africanos, como Sudão e Líbano.

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"Minha conclusão é de que a América do Sul pode desempenhar um papel maior na ONU, sobretudo em questões como a mudança climática, energia e produção de alimentos", afirmou. Para o secretário-geral, a realização da conferência Rio+20 em junho do próximo ano será uma oportunidade para que esses países exponham suas experiências de crescimento sustentável.

Para Ban Ki-Moon, 20 anos após a realização da Eco92 no Rio de Janeiro, os líderes mundiais poderão verificar o que já foi implementado no combate às mudanças climáticas, mas, sobretudo, poderão firmar novos "e mais sérios" compromissos. A expectativa do secretário é de que a conferência resulte em recomendações práticas que possam ser colocadas de fato nas negociações intergovernamentais. "Podemos não ter mais muito tempo", alertou.

Após encontro com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira Ban Ki-Moon comentou sobre as recentes notícias de um novo aumento na taxa de desmatamento da Amazônia. Para ele, o processo de destruição da maior floresta tropical do mundo precisa ser detido, mas são necessários recursos para financiar estratégias de desenvolvimento sustentável na região, onde esteve pessoalmente em 2007, e em outras florestas do planeta. "Como o Brasil trata a floresta faz uma grande diferença para a campanha global de combate ao desmatamento. Essa não é uma questão só do Brasil, mas de todo o mundo", concluiu.