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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou nesta sexta-feira (17) sua confiança na pronta realização da conferência internacional sobre a Síria, uma proposta apresentada por Moscou e Washington e que deve envolver todas as partes envolvidas no conflito.

Em entrevista coletiva conjunta com o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, após suas conversas em Sochi, balneário russo no Mar Negro, Ban agradeceu a Lavrov e ao secretário de Estado americano, John Kerry, a iniciativa de convocar a conferência e insistiu em sua pronta realização devido à gravidade da situação na Síria.

"Não podemos perder o impulso", disse Ban, destacando as "grandes expectativas" que a proposta russo-americano gerou.

Lavrov expressou o desejo da Rússia de que a conferência sobre a Síria aconteça sob o patrocínio da ONU.

Lavrov disse que toda a comunidade internacional está interessada em que a situação na Síria seja levada para o campo político.

"O mais importante agora é entender quem dos sírios está disposto a participar da conferência. Se não for assim, não acontecerá nada", disse o ministro russo.

Moscou, acrescentou, insiste em que na conferência devem participar não só os representantes dos países que foram no ano passado à reunião de Genebra, mas também delegados de Irã, Arábia Saudita e países vizinhos da Síria.

Perguntado pelas provisões de armas russas ao regime de Bashar al Assad, Lavrov declarou não compreender a repercussão que a notícia causa nos meios de imprensa.

"Nunca escondemos que fornecemos armas à Síria em virtude dos contratos assinados, sem violar acordos internacionais nem transgredir a legislação russa, que em matéria de controle de exportações é uma das mais rigorosas do mundo", ressaltou.

O secretário-geral da ONU se reunirá hoje mesmo com o presidente russo, Vladimir Putin.

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