O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, advertiu nesta segunda-feira (13) em Ramala que para que o cessar-fogo e a reconstrução de Gaza sejam sustentáveis, israelenses e palestinos devem encontrar uma solução política permanente que ponha fim à ocupação israelense da Palestina.
"O mais importante é que ambas as partes se sentem juntas e resolvam os assuntos pendentes para chegar a uma solução política. De outra maneira, não podemos esperar que o cessar-fogo e a reconstrução (da Faixa) sejam sustentáveis", advertiu Ban Ki-moon.
"A única solução à situação política é terminar com a ocupação e trabalhar na solução de dois Estados em paz e segurança", sustentou Ban na entrevista coletiva conjunta oferecida com o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala.
Hamdala destacou que a reconstrução da "destruída Gaza e o sofrimento de seu povo" foi um dos focos do encontro que ambos mantiveram. A reunião entre Ban e Hamdala aconteceu um dia depois que países doadores, com os Estados Unidos e Suécia a frente, se reunissem no Cairo para buscar fundos e mecanismos que permitam reconstruir a Faixa palestina, devastada durante os 50 dias que durou a ofensiva militar israelense "Limite protetor".
Na conferência, a comunidade internacional acertou doar US$ 5,4 bilhões, sendo metade destinada a este processo e o restante para satisfazer as necessidades da população palestina. Para o sucesso deste processo, ambos insistiram na necessidade de terminar com o bloqueio israelense que estrangula a Faixa através da abertura das passagens de fronteira que deixa nas mãos de Israel a possibilidade que os materiais de construção cheguem a seu destino.
O secretário-geral condenou a contínua expansão dos assentamentos por Israel e denunciou "as repetidas provocações contra os lugares sagrados que apenas inflamam a situação". Contudo, evitou se pronunciar sobre a estratégia política palestina de solicitar sua adesão ao Tribunal Penal Internacional se o Estado de Israel não se compromete a estabelecer uma data para o fim da ocupação.
"Os Estados-membros da ONU têm o direito de caminhar junto à instituição", afirmou, mas "espero que o Estado da Palestina não tenha que ingressar" nela, acrescentou.
Após o encontro, o secretário-geral foi Jerusalém, onde continuará sua rodada de reuniões com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente do país, Reuven Rivlin, antes de visitar amanhã a Faixa, pela primeira vez nos últimos dois anos.
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