O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reafirmou nesta segunda-feira (19) seu compromisso com a paz e a segurança na península da Coreia, após saber da morte do líder norte-coreano Kim Jong-il.
Em um breve comunicado, o porta-voz adjunto do organismo internacional, Farhan Haq, informou que Ban "envia sua simpatia aos norte-coreanos neste momento de luto nacional" e lembrou que o secretário-geral - que foi ministro de Relações Exteriores da Coreia do Sul - ressaltou também a disposição "das Nações Unidas para seguir ajudando o povo da Coreia do Norte".
A Coreia do Norte anunciou hoje a morte de Kim Jong-il, após 17 anos no comando do país, e que agora deverá ser substituído por seu filho mais novo, Kim Jong-un.
O sistema das Nações Unidas vem proporcionando assistência humanitária aos norte-coreanos, onde seis milhões de pessoas são afetadas pela crise alimentícia do país e 33% dos menores de cinco anos sofrem com a desnutrição.
A subsecretária geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, visitou em outubro a capital Pyongyang e as províncias sulinas de Hamgyong e Kangwon.
Durante a viagem, a representante da ONU se reuniu com funcionários norte-coreanos, agências, doadores, organizações não-governamentais, e visitou hospitais, orfanatos, fazendas comunais e mercados locais, assim como um centro público de distribuição de alimentos e empresas de alimentação.
A ONU considera que os norte-coreanos sofrem uma série de problemas complexos como a pobreza crônica, o subdesenvolvimento e falhas estruturais com consequências humanitárias.
Valerie Amos ressaltou, ao término de sua visita, que as condições de vida dos norte-coreanos se deterioraram desde a década de 1990, o que aumentou sua vulnerabilidade aos problemas estruturais do país.
A produção agrícola desse país asiático está limitada pela degradação do solo, a falta de adubos e a má qualidade das sementes, além de uma carência de mecanização e sistemas de colheita com grandes perdas.
O Conselho de Segurança da ONU tem impostas sanções sobre a Coreia do Norte em consequência dos testes nucleares e dos ataques balísticos realizados pelo regime de Pyongyang desde 2006.
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