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O Banco Central da Argentina (BCRA) aumentou na quinta-feira (15) a taxa de juros de referência (Leliq) de 69,5% para 75%, uma medida adotada depois que se soube que a taxa de inflação em 12 meses atingiu 78,5% em agosto. A taxa do país é a segunda maior do mundo, atrás apenas do Zimbábue, que está em 200%, e é maior que a da Venezuela, hoje em 57,5%.
Além disso, para aumentar o incentivo para economizar em pesos, a instituição aumentou os limites mínimos das taxas de juros para depósitos a prazo de pessoas físicas, fixando o novo piso em 75% ao ano para depósitos de 30 dias de até 10 milhões de pesos (US$ 67.114/ R$ 350.368).
Para o restante dos depósitos a prazo do setor privado, a taxa mínima garantida foi fixada em 66,5%, informou o BCRA em comunicado.
O aumento da taxa ocorreu depois que foi noticiado na quarta-feira que a inflação em agosto subiu 7% a partir de julho - quando os preços haviam saltado 7,4% - para 78,5% em relação ao ano anterior.
Como em agosto a inflação ao consumidor foi de 7% em relação a julho (e já havia sido de 7,4% no sétimo mês do ano na comparação com junho), o BCRA considerou "necessário aumentar novamente a taxa da política monetária e assim consolidar o processo de normalização da estrutura das taxas de juros de empréstimos e depósitos na economia para colocá-las em território positivo em termos reais".
"A autoridade monetária continuará a calibrar a taxa de política como parte do processo de normalização da política monetária em andamento, prestando especial atenção aos desenvolvimentos passados e prospectivos no nível geral de preços e na dinâmica do mercado de divisas", acrescentou a instituição.