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Depois de quase um mês de impasse entre o governo e o então presidente do Banco Central (BC), Martín Redrado, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, aceitou nesta quarta-feira (3) a renúncia de Redrado. Logo após aceitar a renúncia, Kirchner designou o atual presidente do Banco Nacional, Marco del Pont, para comandar o BC A decisão ainda deve ser submetida a votação no Congresso Nacional, que poderá aprová-la ou não.

A presidente informou que a vaga de Marco del Pont no Banco Nacional será preenchida pelo atual gerente-geral da instituição Juan Carlos Fabrega. As divergências entre Kirchner e Redrado provocaram uma crise institucional envolvendo o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o Banco Central. Hoje, em entrevista coletiva, a presidente reconheceu que a tensão poderia ter sido menor.

Essa tensão institucional poderia ter sido evitada se tivesse agido de forma mais racional, afirmou a presidente. Indicando incômodo com as normas vigentes, que determinam que a saída do titular do Banco Central depende de decisão do Congresso Nacional, Kirchner acrescentou que é poder do Executivo retirar o presidente do Banco Central. É poder exclusivo do próprio chefe de Estado.

No entanto, pelas leis argentinas, o Banco Central é autônomo e o presidente da instituição deve ser designado e destituído por meio de decisão do Parlamento. O mandato de Redrado terminaria em setembro.

Por causa das divergências entre Kirchner e Redrado, durante mais de três semanas, a presidente fez pressões para que o titular do BC deixasse o cargo. Ele resistiu. Ambos discordam sobre a utilização de aproximadamente de US$ 6,6 bilhões das reservas do país para pagar parte da dívida externa em 2010.

Redrado era contrário ao uso dos recursos, enquanto Kirchner defende sua utilização como prioridade. A presidente chegou a demitir Redrado por decreto, mas a Justiça determinou a permanência de Redrado no cargo. Na última sexta-feira (29), ele pediu demissão do cargo.

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