O Banco do Vaticano anunciou neste sábado (30) a indicação de Rolando Marranci, um consultor chamado para ajudar a melhorar a transparência das operações, como diretor-geral da instituição, em um momento em que o órgão procura se reformar.
Marranci, de 60 anos, atuou como diretor-geral adjunto desde julho, quando o então diretor-geral Paolo Cipriani e seu número dois, Massimo Tulli, pediram demissão após a prisão de um clérigo veterano com laços próximos ao banco pela suspeita de tramar para contrabandear 20 milhões de euros da Itália para a Suíça.
Anteriormente, ele trabalhou com o Promontory Financial Group, uma consultoria externa convocada pelo Papa Francisco para auxiliar a revisar todas as contas de clientes do banco e reforçar procedimentos anti-lavagem de dinheiro.
A indicação de Marranci é a mais recente mudança no banco, formalmente conhecido como Instituto para as Obras de Religião (IOR na sigla em italiano), que luta para se purgar das alegações de que foi lento no aprimoramento de padrões de transparência.
O futuro do banco tem despertado dúvidas desde a chegada do Papa Francisco, que nomeou duas comissões para assessorá-lo na limpeza das finanças do Vaticano e não descartou seu fechamento se elas não puderem ser sanadas.
Neste ano o Vaticano aprovou uma legislação que torna suas finanças mais transparentes, alinhada a recomendações da Moneyval, a unidade anti-lavagem de dinheiro do Conselho Europeu.