O Banco Mundial adiou nesta sexta-feira (28) um empréstimo de US$ 90 milhões (R$ 208,8 milhões) a Uganda para programas de saúde devido à aprovação de uma lei no país que criminaliza e pune as relações homossexuais.

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O dinheiro fazia parte de um projeto destinado à saúde maternal, cuidado pós-parto e planejamento familiar que atraiu diversos doadores estrangeiros. Parte desse grupo, no entanto, se retirou devido à polêmica lei.

O governo de Uganda, no entanto, afirma que o programa não deve ser prejudicado e que ainda dispõe de US$ 144 milhões (R$ 331 milhões) para custear o projeto. Pelo menos 16 mulheres ugandenses morrem todos os dias devido a complicações no parto.

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O adiamento do empréstimo do Banco Mundial acontece em meio à pressão internacional para que Uganda retire a lei que criminaliza as relações homossexuais. Os Estados Unidos e os países da União Europeia também ameaçaram a retirar a ajuda financeira caso a medida se mantenha.

A lei foi sancionada na segunda pelo presidente Yoweri Museveni prevê a prisão perpétua para o que foi chamado de "atos homossexuais agravantes". Na lista, estão sexo gay consentido entre adultos ou que envolva menores de idade, deficientes ou pessoas com o vírus da Aids.