Bancários foram neste domingo ao bairro financeiro do Cairo e clientes fizeram filas para acessar suas contas no primeiro dia em que os bancos do Egito abriram, após paralisação que durou uma semana, devido aos protestos políticos.
Os banqueiros estão se preparando para o caos nas negociações com investidores estrangeiros, e empresários locais evitam a libra egípcia depois que os protestos nas ruas paralisaram a economia e secaram importantes fontes de moeda estrangeira.
Veículos blindados fizeram guarda nos locais onde soldados levantaram barricadas com sacos de areia, e ônibus deixaram os funcionários em bancos estatais.
Do lado de fora das instituições financeiras, dezenas de clientes esperavam para entrar nos bancos quando eles abrissem, às 10 horas (no horário local, 6 horas, no horário de Brasília).
"Precisamos ter alguma ordem por aqui. As pessoas estão ansiosas por serem pagas e poder sacar dinheiro. Já se vão quase duas semanas e a vida está paralisada," afirmou Metwali Sha'ban, um voluntário que fazia uma lista de clientes para organizar quais deles entrariam primeiro.
Com a crise política ainda não resolvida, os bancos podem ver grandes retiradas de dinheiro pelos egípcios, preocupados com a possibilidade de novas restrições nos serviços bancários.
Os bancos e caixas eletrônicos no centro do Cairo atraíram longas filas de clientes ansiosos para sacar dinheiro antes do fechamento das instituições em um dia de meio período, que estava marcado para acabar às 13h30 (9h30 no horário de Brasília).
"Visitei várias agências bancárias no centro desde as 9 horas da manhã," afirmou Soad Mohamed, de 62 anos, que tentava cobrar sua pensão. "Em todos os bancos que eu vou, eles dizem "o banco está fechado." Eu tenho mais uma hora antes de os bancos fecharem novamente e ainda não consegui retirar a quantia de dinheiro que preciso."
Cerca de 341 agências, incluindo 152 no Cairo, abriram em todo o país.
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