Para ter vantagem na corrida presidencial americana, o democrata Barack Obama quebrou regras e contrariou o senso comum, que restringia a campanha dos democratas aos mesmos Estados de sempre. Sem cerimônia, ele entrou em território republicano, participou de passeatas em Montana, fez campanha em Dakota do Norte e promoveu piqueniques no Colorado. O resultado da ousadia é a liderança nas pesquisas em Estados tradicionalmente republicanos.
"Acho que foi Woody Allen quem disse que 90% do sucesso é se mostrar presente nos lugares", disse Obama durante discurso no Colorado. "Se eu não viesse para cá, não conseguiria tanto apoio em Estados conservadores." Entretanto, não basta apenas se fazer presente. Os estrategistas de Obama sabem disso e prepararam com cuidado a invasão do terreno adversário. Com o mapa eleitoral de 2004 nas mãos, elaboraram um agressivo plano de ação, cujo melhor resultado foi em Michigan.
Há quatro anos, o democrata John Kerry venceu o republicano George W. Bush por uma pequena margem no Estado. Bush obteve 250 mil votos a mais do que Kerry nos arredores da cidade de Grand Rapids, vantagem considerável, mas insuficiente para superar a dianteira de 350 mil votos que o democrata teve em Detroit.
Sabendo disso, os estrategistas de Obama partiram para a ofensiva. Em vez de Detroit, se concentraram em Grand Rapids, parada obrigatória do candidato sempre que passava por Michigan. O resultado pôde ser constatado na quinta-feira, quando a campanha do senador republicano John McCain anunciou que estava abandonando Michigan para concentrar recursos em outros lugares, depois que as duas últimas pesquisas mostraram Obama à frente com uma margem superior a 10 pontos porcentuais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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