O candidato às eleições norte-americanas pelo Partido Democrata, Barack Obama, divulgou detalhes da sua proposta tributária. O projeto pretende aumentar os impostos nos ganhos com investimentos e ampliar os tributos sobre folha de pagamento. Segundo notícia do Wall Street Journal, alguns críticos argumentam que a proposta pode prejudicar os trabalhadores e a economia.

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O plano pretende elevar as taxas dos impostos sobre ganho de capital e receita com dividendos de 15% para 20% para pessoas e famílias que ganham mais de US$ 200.000 e US$ 250.000, respectivamente. Além disso, a proposta inclui arrecadação de impostos sobre folha de pagamento para quem ganha acima de US$ 250.000 a uma taxa entre 2% e 4%, mas esse aumento será adiado para até 2018, no mínimo. Agora, os impostos que incidem na folha, usados para financiar benefícios de aposentadoria, são arrecadados sobre renda de até US$ 102.000, informa o Journal.

A campanha de Obama promete ainda cortar os impostos para boa parte dos norte-americanos de baixa e média renda, o que, argumenta, faria com que até 17 milhões de pessoas deixassem de pagar impostos sobre a renda. O democrata também prometeu retomar alguns dos cortes tributários promovidos pelo presidente George W. Bush em 2001 e 2003, revelou a publicação.

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De acordo com a campanha de Obama, a anulação dos cortes tributários de Bush impulsionaria a receita em US$ 100 bilhões por ano, incluindo US$ 15 bilhões dos maiores impostos sobre ganhos de capital e dividendos. Esse dinheiro deve financiar os cortes tributários do candidato para as rendas mais baixas e o plano para a saúde. Os conselheiros econômicos de Obama disseram, segundo a notícia do Journal, que até o quarto ano de uma presidência de Obama, eles esperam economizar cerca de US$ 90 bilhões com o fim da guerra no Iraque.

Os planos econômicos do candidato Democrata vinham sendo criticados nas últimas semanas pelos Republicanos, que argumentam que a proposta de elevar alguns tributos poderia jogar os EUA para uma recessão, diante da fraqueza da economia, crise de crédito e preços elevados do petróleo. Esses ataques fizeram com que a campanha de Obama divulgasse os detalhes do plano tributário.

O diretor de política econômica de Obama, Jason Furman, disse ao Wall Street Journal que o plano cortaria os impostos para menos de 18,2% do Produto Interno Bruto. Segundo o Journal, os críticos acreditavam que os tributos sobre os ganhos com capital e sobre folha de pagamento seriam elevados para entre 25% e 28%.