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O capitão Reis Ritz, Chefe do Hospital de Emergência de Fort Hood, fala com a imprensa após tiroteio | Jessica Rinaldi / Reuters
O capitão Reis Ritz, Chefe do Hospital de Emergência de Fort Hood, fala com a imprensa após tiroteio| Foto: Jessica Rinaldi / Reuters

Com dez suicídios de janeiro a outubro, a base militar Fort Hood no Texas, é a segunda em número de atentados contra a própria vida registrados nos Estados Unidos - atrás apenas da base de Fort Campbell, em Kentucky, onde 16 militares se mataram. Desde o começo da guerra no Afeganistão, a base texana já assinala 75 suicídios. Na quinta-feira (5) houve um massacre no local. O suspeito da ação, Nidal Malik Hasan, um major que atua como psiquiatra do Exército abriu fogo, matando 13 pessoas e deixando 30 feridos, muitos em estado grave. O major foi alvejado e está no hospital, inconsciente e respirando com a ajuda de aparelhos.

Ainda não se sabe o que motivou o massacre. Aparentemente, o suposto autor da chacina estaria prestes a ser enviado ao Afeganistão. Há relatos segundo os quais ele seria muçulmano e a guerra afetaria suas convicções religiosas. Ele já teria manifestado anteriormente revolta com as guerras travadas pelos EUA no Iraque e no Afeganistão.

Fort Hood é a maior instalação militar dos EUA no mundo - e também um dos lugares mais afetados por problemas relacionados a estresse pós-traumático e outros distúrbios que costumam afligir veteranos de guerra. De acordo com autoridades militares, aproximadamente 30.000 soldados se encontram estacionados no local, sendo que mais 20.000 militares dessa base estão em atividade no Iraque. Dezenas de milhares de cônjuges e filhos desses militares vivem dentro da base e em bairros próximos.

Durante a época em que foi comandante em Fort Hood, o general Rick Lynch promoveu uma ampla campanha com o intuito de reduzir a incidência de desordens de estresse pós-traumático e suicídio entre suas fileiras. Foram oferecidos espaços nos quais os soldados podiam parar para meditar, descansar, fazer terapia, receber aconselhamento e poder planejar a vida em tempos de paz. Apesar de todos esses esforços, a base militar continua palco frequente de suicídios, desordens de estresse pós-traumático e outros problemas relacionados.

Inaugurada em 1942, a base abriga a 1ª Divisão de Cavalaria e a 1ª Primeira Divisão Oeste do Exército, além de algumas pequenas unidades de aviação, logística e polícia militar. Até pouco tempo atrás, a 4ª Divisão de Infantaria do Exército também ficava estacionada em Fort Hood.

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