O presidente sírio, Bashar al Assad, afirmou neste domingo (13) que houve um "giro" no conflito em seu país a favor do regime no plano militar e social após as últimas vitórias contra os rebeldes.

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Em discurso na Universidade de Damasco Assad afirmou que "há um giro na crise em nível militar pelas conquistas contínuas que as Forças Armadas têm alcançado na guerra contra o terrorismo", e acusa os grupos opositores armados.

Além disso, destacou que também foi registrada uma mudança social, pois para ele "aumentou a consciência popular sobre o que acontece de verdade no país".

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"O Estado pretende recuperar a segurança e a estabilidade nas principais regiões que foram golpeadas pelos terroristas para se dedicar depois à perseguição dos focos e das células desses grupos", acrescentou.

O presidente considerou que existe uma "tentativa de controlar as decisões independentes da Síria e debilitaria para mudar sua política, que responde aos interesses do povo sírio e não segue os interesses dos Estados Unidos e do Ocidente na região".

Ele argumentou que os ataques contra a Síria se devem a "sua posição geopolítica, seu papel histórico fundamental na região e à grande influência no mundo árabe".

No discurso para professores e estudantes da Faculdade de Ciências Políticas, Assad se referiu aos "ataques coloniais perigosos que representam a guerra ideológica" que acredita que o Ocidente realiza para controlar os países árabes.

Para ele, esses países são regidos por uma mistura de "pan-arabismo e islã", um conceito que Assad considerou "um dos pilares fundamentais para recuperar a segurança e a estabilidade ideológica e social da sociedade".

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Apesar do sangrento conflito que assola a Síria há três anos, parece que este ano acontecerão eleições, já que o mandato de Assad termina em 17 de julho e, segundo a constituição, deveria haver eleições entre 60 e 90 dias depois.

O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, advertiu recentemente contra a possível convocação de eleições presidenciais no país porque elas poriam fim no incipiente processo de diálogo entre o governo e a oposição.

O presidente sírio, no cargo desde 2000, já disse não ver impedimentos para se candidatar à reeleição, enquanto suas tropas continuam avançando no terreno após recuperar nos últimos meses zonas estratégicas dos arredores de Damasco e perto da fronteira com o Líbano.